Geração Y. Ou será Z?

Comprei um lap top de brinquedo para Morena. Fiz isso sem combinar com Fábio e nem mesmo comigo. Foi daqueles impulsos consumistas e não pensei muito. Coloquei no carrinho e pronto. Acho que tive um gesto de dúvida mas minha irmã Valéria estava comigo e fez aquela diferença na minha decisão com algum comentário.

Comprar um lap top para uma bebê de seis meses me faz pensar que preciso dar uma explicação - até mesmo a mim.

Li na revista Crescer que uma pesquisa indica que os bebês e/ou crianças - não lembro exatamente o público - sentem ciúmes de equipamentos tipo celular e computador de suas mães, com os quais disputam espaço.

Mesmo que a mãe não esteja trabalhando, como eu, e tenha teoricamente todo o tempo para o filho, é impossível, pelo menos para mim, não usar celular, computador na frente, ao lado, da pequena.

Tenho conexão sem fio em casa e um PC de 11 polegadas que posso levar aqui e ali, enquanto cuido dela. Aliás, também o uso para falar com pessoas da família, colocar a própria Morena para ver e ser vista pelo pessoal.

Ou seja, com ou sem o ciúme dela (que ainda não é patente) eu não abro mão disso em alguns momentos.

Aí, sentada no meu colo ou no chão, Morena fica agitada na frente do computador. Quer tocar, comer, batucar, se jogar em cima.

Foi também pensando em evitar isso que dei a ela seu próprio PC - agora quando eu estiver navegando, ela pode fazer o mesmo.

Na prática, o lap top da Xuxa é apenas uma coisinha rosa, bonitinha e bom para dar umas arrastadas. Se eu tivesse tido paciência, talvez tivesse achado algum brinquedo mais voltado para a idade dela que parecesse um computador.

Por ora, usamos apenas umas músicas, na opção 25.

Bom, para me consolar desse gesto, lembro que nada impedirá a aproximação de alguém da geração Y - ou será Z - com as tecnologias. Antecipar ou apressar isso parece impossível.

Eles nascem online.