quinta-feira, 29 de julho de 2010

Fotos de Morena

Olá!
01:09 da manhã. Maternidade.
Agora tomei um banho. Lanchei. Passou o mal estar e a tontura.
No banho tremi loucamente e tudo dóia.
Por causa disso, não consegui fazer xixi e tive que receber um prazo sob ameaça de ter sonda instalada para poder fazê-lo descer sem intervenções.

Ai, ai... mas olho ali e veja a pequenita Morena dormindo. Passou a tarde dormindo. Tomou duas vezes leite no copinho. O meu ela tenta mas não prossegue. Eu sinto dores agudas - grito, choro, me espremo toda. Tento deixá-la o máximo possível tentando. Ela só quer dormir. E meu bico - inexistente - não ajuda. O pai anda meio irritado - intuo que seja porque ela tomou complemento e talvez ele ache que não me esforcei bastante. Mas eu sei o quanto. Ela não quer sugar, quer dormir. E acho que fizemos o possível por hoje. O importante é que ela se alimente. Assim como o importante era que nascesse bem (falando da questão do parto).

Bom, ainda uma sensação de não acreditar na existência dessa pessoa prontinha por aqui. Coisa mais linda...

Aqui vai um link para suas primeiras fotos e depois vem um relato de como foi o parto.


http://picasaweb.google.com.br/cidrin/VemMorenaAosMeusBracos?authkey=Gv1sRgCKSJxYXp6K_rlgE&feat=directlink

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Agora, sim - ansiedade

Passa da meia noite.
Já é dia 28 de julho de 2010.
Já é dia de Morena.
Estou ansiosa. Sem sono. Farei uma cirurgia e tenho pouca experiência nesse ramo. A única foi na infância, de garganta. Meu corpo é frágil para substâncias - tenho medo de como a anestesia vai atuar em mim. Tenho medo de enjôos e passamentos.
Mas não tem jeito.
Parece que estou com o pé no abismo de tão desconhecido me parece o que está por vir.
Já sinto falta de minha menina se mexendo aqui dentro. Mas morrendo de curiosidade para ver de perto essa bundinha que tanto roçou minha barriga.
Meu irmão e cunhada vieram nos fazer companhia por algumas horas desta noite. Isso me deu ânimo para arrumar as malas. Ela, a cunhada, foi me ajudando e eu cumpri essa missão que me pareceu impossível desde sempre.
Na minha foi mais fácil. Já tinha providenciado tudo e só faltava agrupar para poder chamar de 'mala da mamãe' o que me era recomendado levar para a maternidade.
A de Morena foi mais difícil. Tive que abrir as sacolas, mexer nas coisas com as quais até então não tinha lidado muito após a lavagem.
Descobri que ela não tinha tanta coisa assim no tamanho RN. Descobri que eu não sabia como eram as camisas 'pagão' e nem as calças 'mijão'.
Mas fui fazendo as sacolinhas com o disponível e não sei se minha menina vai começar a vida muito chique.
Mas o importante é apenas que comece a vida!
E tudo o mais será acrescentado...
Também senti falta do enfeite de porta - é que ela tem dois mas nenhum chegará a tempo de enfeitar a porta do quarto do hospital para a sua chegada. O jeito é ir passando adiante.
Também senti falta de mamãe - o licor, os biscoitos, as taças e cristaleiras que arrumaria, o pano de bandeja. Detalhes que ela valoriza, que ela sabe arrumar como ninguém e que eu gostaria de ter nesse momento mas praticamente não terei - porque acho que queria mesmo das mãos dela e não das desajeitadas minhas mãos. O jeito é ir passando adiante.

Enfim, a parada é mesmo a minha filha conosco, em plena saúde.

Trigésima Oitava Semana - É hoje!


No decorrer da 39a semana de gravidez, os bebês pesam em média entre 3 e 3,2 quilos, e continuam acumulando gordura para ajudar a controlar a temperatura depois do nascimento.

Os órgãos e sistemas do seu bebê estão plenamente desenvolvidos, mas os pulmões são os últimos a amadurecer por completo. (Mesmo depois do nascimento, pode ser que demore algumas horas para que o bebê adquira um ritmo normal de respiração.)

Morrendo de curiosidade com a cor dos olhos do seu filho? A maioria dos bebês nasce com olhos azul escuro, mas a verdadeira cor só se define mesmo vários meses depois. A cor que você verá logo depois do parto vai durar pouco -- a exposição à luz muda imediatamente a cor dos olhos do bebê.

No caso de bebês negros ou de origem asiática, os olhos são cinzentos ou castanhos no começo, e assumem o tom preto ou castanho escuro depois dos primeiros seis meses de vida, ou até depois do primeiro aniversário.

Fonte:http://brasil.babycenter.com/pregnancy/desenvolvimento-fetal/38-semanas/

terça-feira, 27 de julho de 2010

Ela vem chegando... E feliz vou esperando...

Bom, vim aqui falar sobre o meu trabalho de parto, que está em curso nesse momento. Não está sendo como eu gostaria. Mas são as horas que antecedem a chegada de Morena e por isso estou chamando assim.

O trabalho propriamente dito não está sendo do corpo mas da mente. Minha filha virá ao mundo por meio de uma cesárea, praticamente de urgência, marcada hoje para ser realizada nas próximas horas de amanhã (quarta-feira).

Nem sei como começar a contar essa parte da história. Mas penso que ficou claro para todos que, minimamente, acompanharam este blog ou a minha gestação, que eu gostaria de ter um parto ativo, normal, natural, humanizado, enfim, com menos intervenções possível - talvez até domiciliar.

Preparei-me para isso de todas as formas viáveis. E, como já disse, esse processo foi uma delícia. Vivenciado por mim e Fábio - nos trouxe muito aprendizado, portanto, jamais terá sido vão.

Mas após um diagnóstico de diabetes gestacional, a possibilidade do domiciliar foi descartada e a cirurgia colocada como quase inevitável. Ouvindo sempre opiniões divergentes, fiquei cultivando a dúvida sobre a real impossibilidade de um parto normal, agora já convencionado como hospitalar.

Assim, resolvi buscar uma segunda opinião mas, no dia da consulta, me boicotei, errei o horário e terminei não indo. Mas como a dúvida persistisse, aproveitei que minha médica (que eu adoro, com a qual estou há praticamente 10 anos e que considero ter feito um excelente trabalho de pré-natal)disse que não teria agenda muito livre para a consulta que já estava semanal e disse que a secretária me ligaria para marcar um horário possível e isso não aconteceu, aproveitei esse furo (pois desde então a secretária não entrou em contato) e consegui nova consulta, com outra profissional.

Cheguei lá, ontem, carregando minha barriga de 37 semanas e 5 dias e fui super bem recebida. Expliquei que minha intenção era encontrar alguém que me desse mais certeza da possibilidade de um parto normal.

Examinada, soube que tudo estava bem, que os últimos exames indicavam que a bebê estava bem e que eu podia me preparar para tê-la após a trigésima oitava semana, contando sempre com a imprevisibilidade.

Fábio que estava de viagem marcada para hoje foi liberado para "ir tranquilo", eu adorei a consulta, enfim, estava muito tranquila. Inclusive, com mudança agendada para a sexta-feira.

Mas hoje, no exame que venho fazendo semanalmente, tudo pareceu bem, no primeiro momento. Morena mexeu muito eu recebi os parabéns, até passarmos para a fase seguinte do exame, na qual se viu que o líquido amniótico estava bastante diminuído e a médica que fazia o exame, ficou bem preocupada. Ela fez todas as medidas, buscou possíveis furos e, terminou por me falar da sua preocupação.

Ela antecipou um outro exame, doppler, que estava agendado para a semana que vem e, ao fim, disse que ia telefonar para a minha médica. Eu fiquei no dilema instantâneo: Para qual das duas? E expliquei a ela que estava em uma fase de transição.

Ela ligou para a segunda médica, a de ontem, já que ela tinha solicitado o doppler e, as duas chegaram à conclusão de que o mais indicado seria a cirurgia e sem muita demora.

Pois a placenta já não estava oxigenando o bebê como deveria e ela, Morena, já estava com algo como vasodilatação cerebral e ficando centralizada, o que indicava que estava tentando fazer manobras para respirar melhor, leigamente falando.

Então, a médica falou comigo, me explicou a situação, eu chorando, lógico e descobrindo que dali a algumas horas faria uma cirurgia.

Fábio estava no aeroporto e consegui impedir sua partida a tempo. A cabeça dando voltas, lágrimas caindo, mudança para fazer, malas para fazer, parto normal para não fazer...

E a médica primeira? Como explicar que não seria mais com ela? Deveria explicar?

Como redução de danos precisava eliminar algumas fontes de preocupação.

Aceitar. Chegar ao hospital amanhã cedo. Eles não aceitam meu plano. Vai ser particular mesmo.

Parir.

Apenas isso.

Venha conhecer a vida...

domingo, 25 de julho de 2010

Galinha Caipira Completa

Bom, não vou falar nesse post do grupo de música instrumental dos meus amigos que leva esse mesmo nome e, semana passada se apresentou no Clube do Choro de Brasília, onde queria ter ido mas não fui dadas as circunstâncias. Quero falar do prato mesmo, de uma suculenta galinha caipira.

Ontem senti o cheiro pelas frestas das janelas alheias do que seria uma galinha ao molho e logo fui acometida por uma saudade dos temperos paraibanos, de minha casa, das mulheres de lá e fiquei matutando sobre a impossibilidade de encontrar algo semelhante por aqui.

Em Brasília, os restaurantes de comida nordestina (os que eu conhecia até então) estão pasteurizados trazendo no seu cardápio o tal escondidinho e a famosa tríade paçoca, macaxeira, carne de sol. Tem seu valor. Mas não representa nordestinidade para mim e ontem não supriria minha necessidade por algo com caldo e cara - caseiro de verdade.

Não gosto do Mangai daqui. Como disse meu amigo Gicarlos, carece de alma o lugar. É super lotado, não me traz prazer - só desgosto - e numa das duas vezes em que fui lá fui super mal atendida, tive que chamar gerente, reclamar, brigar. Quando a gente quer comer o estresse adicional é totalmente traumatizante.

Aí, lembrei que minha cunhada tinha comentado de um lugar que tinha um bode maravilhoso. Ligamos para ela, que estava em São Paulo, para seu marido, e depois de uns três telefonemas achamos o Macambira, incrustado na arquitetura caótica das quadras 700 Norte.

Ai meu Deus... que delícia, que deleite, que alegria me deu poder matar meu desejo de forma completamente feliz e saborear sem reclamações, sem ressalvas o prato que eu estava desejando mas, já meio convencida de que não conseguiria encontrar, pelo menos no Plano Piloto da cidade.

O Macambira chega a ser bem simples e sua decoração apesar de nordestina tem uns traços kitsch. Mas a comida... A galinha caipira completa com salada, arroz e pirão de mulher parida estiveram perfeitos.

Não teve dieta que me segurasse e ao lado de um suquinho de umbu, também delicioso, me entreguei à gula e comi deliciosamente até quase passar mal. Fábio e Gica também seguiram esse rumo, com a diferença de que puderam tomar também uma boa cachaça.

Como vi recentemente que o paladar de uma criança vai se formando agora, a partir do que ela pode degustar no líquido amniótico, espero que Morena também tenha adorado e que vá se acostumando aos pratos nordestinos que também vão fazer parte da sua vida.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Descobrindo o corpo

Uma das descobertas ou dos processos mais incríveis dessa gravidez foi entender, desvendar, descobrir o meu corpo além do que já havia ocorrido até aqui.

Desde a conversa inicial com a minha doula e fisioterapeuta fui apresentada ao corpo humano de uma outra forma, com foco em tudo o que é envolvido mais diretamente na gestação, em especial, o assoalho pélvico e outros músculos que passamos a exercitar em duas sessões semanais de pilates, além do 'dever de casa', feito muitas vezes na bola suíça que ganhei de Fábio.

Mais tarde, quando passamos a conhecer melhor a 'fisiologia do parto' e após encontros sobre a temática, leitura e filmes, pudemos entender - e nos encantar com - a orquestração que o corpo faz unindo hormônios, músculos, órgãos, ossos e cartilagens, em nome do parto natural, ativo, normal e seu momento sublime, a expulsão do bebê.

Agora, praticamente seis meses depois do início dessa preparação estamos também nos preparando mais efetivamente para a chegada da nossa Morena.

A novidade desses dias foi o uso de dois aparelhinhos que eu desconhecia. Um deles é inserido e inflado na vagina para alongar o músculo. É muito bom ter a oportunidade de sentir um pouco do que seria ter a cabeça e o corpo do bebê naquela região. Assim, a sensação passa do desconhecido, que amedronta, para o minimamente mais conhecido, que acalma. Depois, ainda é possível treinar o movimento de expulsão também do aparelho, como se ele fosse o bebê chegando.

O outro aparelho testa o quanto está forte esse músculo ou o assoalho pélvico pois é feito justamente para isso - uma escala luminosa nos diz o quanto conseguimos contrai-lo, o que dá para comparar com o pós-parto e guiar os exercícios desse momento. Eu até ganhei os parabéns pelo meu 'condicionamento físico'.

Outra coisa que faz parte dessa preparação final é uma massagem perineal com óleo de gergelim, que tem como objetivo tentar evitar a episiotomia, principalmente a de rotina (que me dá arrepios).

Engraçado que saber da massagem e da possibilidade de fazer uso dos aparelhos me assustou um pouco no primeiro momento e passei alguns dias até me considerar pronta para eles, o que demonstra essa falta de intimidade que cultivamos muitas vezes.

Mas ao me sentir pronta, experimentei justamente o contrário, a sutileza que há quando permitimos nos conhecer e quebrar barreiras que vem junto a uma educação que nos torna estanques em relação a nós mesmas.

Bom, dessa forma, tenho a sensação confortável de estar aproveitando a experiência da maternidade para além da concepção e do parto como estágios únicos e ímpares - começo e fim. Entre estes dois pontos estiveram e estão meses, semanas e incontáveis mistérios - que os ligaram e fizeram a linha de um tempo de magia.

terça-feira, 20 de julho de 2010

37 Semanas




Falta pouco agora! Esta semana, seu bebê vai perdendo a camada de pêlos fininhos que o recobria, o lanugo, e também o "verniz" que isola a pele dele do líquido amniótico. Essas secreções são engolidas pelo próprio bebê, e formam o mecônio, o primeiro cocô.

Fonte: https://mail.google.com/mail/?shva=1#inbox/129eed2417fc7312

domingo, 18 de julho de 2010

Cuidados com o bebê

Algum texto recente do blog fala sobre o pouco tempo que termina sendo e tendo a gestação, apesar de serem longas semanas - por volta de 40.
Assim, estávamos chegando à chegada de Morena sem ter participado de nenhum curso ou orientação sobre como cuidar do bebê (em outro texto também me questionava sobre a necessidade de coisas assim).
O fato é que por esse motivo o tema 'Cuidados com o bebê' que norteou o encontro do Ishtar, ontem, 17, nos interessou bastante e, o melhor, foi o primeiro que coincidiu com Fábio na cidade e ele foi também.
Para mim não é assustador pensar em lidar com um bebê porque ao contrário de um depoimento de uma pessoa que disse que antes da filha nunca tinha tocado em um recém-nascido, eu já lidei com muitos. Tenho mais de 20 sobrinhos (juro que até perdi as contas) e cuidamos, eu e Vitória, outra irmã, da caçula da nossa casa que nos pegou com 15 e 19 anos.
Mesmo assim, acredito nas dicas, nos conhecimentos adquiridos dos outros e estava com o coração aberto para participar do encontro. É tanto que fui voluntária para mostrar como dar o banho - disso eu tenho medo.
Aí, as dicas foram se sucedendo, outras mães continuaram a mostrar os cuidados após o banho e, entre as coisas que foram inéditas, a atenção com o umbigo. Como estava vendo as faixas umbilicais nas lojas, perguntei a uma vendedora: "Ainda se usa isso?". Ela respondeu efusivamente que sim e eu comprei, então, uma caixinha delas.
Fiz a mesma pergunta ontem e a resposta foi até a que eu intuia, não se usam faixas nos dias atuais. E o ideal é não usar nada mesmo, nem o álcool. Claro que tendo o cuidado de observar se o andamento parece ser normal, sem sinais de infecção e com a manutenção de limpeza e secagem. Assim, o coto (que Fábio errou e chamou de toco para diversão de todos nós) cai rapidinho (em até três dias) sem deixar rastros de problemas. Tomara!
Bom, ontem também fomos ficando após o término do encontro e conversando com as pessoas sobre temas variados. Gabi foi uma ótima interlocutora - cheia de amor, de carinho e de sensatos e otimistas relatos ela nos cativou e falou sobre a extero gestação, assunto que vim pesquisar mais a fundo aqui na net. Ela também citou um detalhe importante no carrinho que escolhemos para ganhar da Tia Belucha, um Chicco Trevi. De acordo com ela, que comprou o modelo pensando nos mesmos pré-requisitos que nós, o fato do cinto não ter ajuste em uma de suas bases é muito ruim. Vamos ficar atentos a isso e ver se continuamos preferindo esse modelo ou passamos para outro.
Quanto a extero gestação, adorei saber e, de uma certa forma, algumas coisas estavam convergindo para a chegada desse conhecimento. Já tinha comprado, por exemplo, aquela roupinha de deixar o bebê bem apertadinho, o swaddler, importado dos EUA e que custou R$65. Uma vez eu tinha visto a propaganda de uma matéria que saiu no Fantástico sobre e só. Entender melhor os motivos de seu uso pelos princípios da Extero Gestação foi muito bom.
A primeira leitura sobre aqui, hoje, foi no blog
http://matterna.blogspot.com/2009/03/o-quarto-trimestre-de-anita.html que por sua vez, foi inspirada no
http://minhasementinhalinda.blogspot.com/2008/04/extero-gestao.html.
Também recebemos de Sylvana um link para a matéria sobre choro dos bebês no link
http://noticias.r7.com/videos/saiba-como-agir-na-hora-do-choro-incessante-nas-primeiras-noites-com-o-seu-bebe/idmedia/893e24932bd6dd1cf634692449da8149.html.
E nossa doula, Rafaela Rosa, havia me falado sobre um curso que vai começar a ministrar e representar no Brasil, sobre como entender os tipos de choro do bebê.
Assim, talvez Morena seja poupada de alguns gritos, dissabores e lágrimas e todos ganhemos a alegria de saber lidar com uma criaturinha que estranha o mundo de fora da barriga e só tem uma variedade de berreiros para mostrar isso e nós, o dever de entendê-los e aprender a lidar com eles da forma mais calma, racional e pacífica para todos.
Ansiamos para que, na maioria dos casos, a prática seja a teoria praticada mesmo e não o contrário.

Aqui, o link para o blog do Ishtar que já traz as informações e fotos do encontro de ontem.

http://ishtarbrasilia.blogspot.com/

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Mais duas semanas?

Hoje tive consulta com a médica.
São 36 semanas e dois dias. Emagreci mais. E todas as outras coisas que são analisadas, incluindo o resultado da ecografia e perfil biofísico, estavam dentro dos conformes.
Assim, o drama ficou para o exame de toque que já havia sido anunciado na consulta anterior.
Eu tinha decidido que não ia querer fazê-lo assim, faltando tanto tempo ainda para o parto (será que falta mesmo?). Pois sempre escutei que é um exame que se faz já durante o TP e, coincidentemente, hoje mesmo ou a partir de ontem, o assunto tinha virado tópico de discussão do Ishtar.
Dentre todas as conversas, uma opinião dominante - a de que o toque é chato, invasivo, incoveniente e, mesmo inútil.
Foi com tudo isso na cabeça que eu disse à médica: não quero fazer. E ela, em seu jeito brincalhão, não levou a serio, explicou as razões e me encaminhou para a saleta onde, já de roupão, eu segurava um pedaço de papel higiênico.
A assistente disse: me dê que eu jogo para você. E eu repliquei: Não, eu que peguei. É que acho que vou chorar.
Então, chega a médica, coloca lá em cima minhas pernocas e vai fazendo as outras averiguações, enquanto a hora do toque se aproxima.
Ela viu que eu estava em lágrimas e foi falando mil coisas, para me animar, para me fazer rir, para tirar meu foco. Ela achava que eu estava chorando as lágrimas normais das grávidas, as lágrimas hormonais. Ou que estava assustada com a chegada do parto. E eu só balançava a cabeça e as lágrimas só rolavam.
Em um dado momento, lembrei do tripé medo-tensão-dor. E aí, relaxei os músculos dos ombros e braços que, como pude perceber, estavam contraídos.
Aí, lembrei também de inspirar contando até 4 e expirar contando até 8 e consegui, sim, uma boa dose de relaxamento que até ela notou e comentou.
Daí, fechei os olhos e quando pensei que o exame estava começando, já havia terminado.
Conclusão: uma Morena encaixada mas um útero fechado ainda.
Outra conclusão: a previsão de que essa Moreninha encaixada venha ao mundo de fora da barriga em duas semanas.
Minha conclusão: ter esse panorama me fez bem. Mais do que o mal que o exame pudesse ter feito e também não fez.
É que as dores na região púbica voltaram a ficar fortes e as contrações de BH que nem apareciam nos exames, agora aparecem e também estão visíveis e incômodas para mim.
E eu já estava começando a ter que lutar contra aquela pergunta: Será que é agora? Será que já está acontecendo?
Sei que um colo fechado, como está o meu, para um colo que se abre pode não levar tempo nenhum, pode não dar sinais, enfim, o exame não tem muito tempo de validade.
Mas que me deu uma tranquilidade boa, isso deu.
Sensação que só melhorou nos momentos seguintes pois recebi as caixas com as lembrancinhas de maternidade de Morena, feitas na Paraíba por minha irmã, recebi também presentes vindos de minha cunhada que mora em São Paulo.
E, ainda, uma mala lotada de mil roupinhas e outros objetos, incluindo o tradicionalíssimo e hoje substituído pelo plástico, conjunto de talheres em inox - esses enviados da Suíça por minha irmã Vitória.
Tudo isso me deixou mais perto do quão perto está Morena, me deixou feliz, me deixou querendo cantar: "Vem Morena...Vem Morena..."

terça-feira, 13 de julho de 2010

Trigésima Sexta Semana


Quando esta semana terminar, você terá chegado a um grande marco da gravidez: seu bebê não será mais considerado prematuro. Ele já tem sinal verde para nascer "a termo". À medida que o bebê se encaixa na sua bacia, seus pulmões e seu estômago podem ganhar algum refresco, mas por outro lado a bexiga vai ficar mais espremida mandando você mais vezes para o banheiro.

Fonte: http://brasil.babycenter.com/pregnancy/desenvolvimento-fetal/36-semanas

sábado, 10 de julho de 2010

Sobre o sangue do cordão umbilical

Bom, frente à proximidade da chegada de Morena para o lado de fora da barriga, tenho tentado resolver pendências. Uma delas diz respeito às decisões que havíamos tomado sobre doação ou armazenamento do sangue do seu cordão umbilical (descritas em texto do www.venhaconheceravida.zip.net).

Na época, depois de alguma pesquisa e a leitura valiosa de entrevista sobre a questão de um especialista brasileiro que atua na França ao jornal Folha de São Paulo, resolvemos não pagar por um banco privado, o que já estaria quase que automaticamente fora mesmo do nosso orçamento.

Restava-nos descobrir se em Brasília havia um dos poucos bancos públicos existentes no Brasil, o que se configurou na tal pendência, pois não tinha buscado a resposta.

Assim, recentemente ouvi/li com entusiasmo que a cidade tinha ganho, em seu Hemocentro, mais um dos bancos públicos brasileiros e que, inicialmente, a coleta seria feita em apenas dois hospitais também públicos. Mas que, em pouco tempo, se estenderia aos demais.

Assim, busquei o número da Fundação Hemocentro no Google. Parece-me que eles não tem site próprio porque apareceram páginas de guias apenas. Liguei. Ninguém atendeu. Era cedo da manhã e isso era e não era justificativa para o telefone só tocar, inclusive em mais algumas tentativas no mesmo horário.

Tentei mais tarde, caiu em fax. Refiz a busca, achei outro número e, dessa vez, obtive relativo sucesso.

- Olá, gostaria de informações sobre o Banco de cordão umbilical.

Aí, a moça começou a falar com alguém de forma que eu também escutava a conversa.

- Ela quer informações sobre... Passo para quem?
- Mas ela quer saber o quê?
- Ela quer saber tudo, todas as informações.
- Mas ela é doadora ou receptora? O que ela quer saber?
- Ela quer saber tudo.

Aí, a segunda pessoa atendeu.
- Você quer saber o que?
- Quero saber como funciona. Minha intenção seria doar.
- E pra quando é o parto?
- Para esse mês ou começo do outro.
- Está perto, né?
- Pertinho.
- Mas você não poderia dispor desse sangue depois.
- Isso eu sei. Quero saber se a doação está disponível.
- Não, ainda não. Começamos coletando de apenas dois hospitais e não temos estrutura para fazer em outros. Mas estamos treinando equipe, etc logo vamos começar. A diretora, Dra. Margarida, está de férias. Se você quiser ligar depois, mais perto do parto, e falar com ela...Mas acho que até lá não estaremos prontos também.
- Ok. Está bem. Obrigada.

E assim se foi a esperança da doação. E veio a certeza daquele comportamento repetitivo da coisa pública. Das coisas que são lançadas com estardalhaço mas que ainda (só ainda) não funcionam. E só Deus sabe quando passarão a funcionar.

Desvendando a dor na região púbica

- Estou bem, só com uma dor no pipiu.
- Na barriga?
- Não, no pipiu.
- Oxe!!!

O diálogo com mamãe me diverte. Ela se choca com algumas coisas - ou finge - porque na verdade, tenho a impressão de que nada mais no mundo pode surpreender uma mulher como ela. O pipiu, já sabe quem acompanhava o blog anterior (www.venhaconheceravida.zip.net), é como se chama o órgão genital da mulher, na Paraíba.

Mas a dor já havia sido comentada aqui. Eu não sabia localizá-la muito bem e, a despeito de todas as minhas tentativas de me manter super informada durante a gravidez, ela, a dor, em não sendo um sinal de trabalho de parto, me tomou absolutamente de surpresa.

Aos poucos, fui descobrindo seu nome, sua origem e buscando tratá-la. Aproveito uma mensagem postada na lista de discussão do Ishtar, para contar como as coisas aconteceram durante esse processo.

"Olá meninas! Estou com essa dor. E ela foi a maior surpresa pra mim. Chegou aos poucos até um dia me imobilizar e eu pensar que estava entrando em trabalho de parto prematuro. Liguei pra médica e ela estava viajando. A médica reserva disse que podia ser muscular - já que eu tenho caminhado com certa regularidade - e que eu também fizesse um coleta para cultura de urina.

Nem cheguei a fazer o exame pois minha doula fisioterapeuta também chegou de viagem e me explicou o que estava acontecendo e a médica corroborou com o que ela disse na consulta dessa semana - bom, que era essa dor mesmo púbica, que acontecia, que era resultado desse deslocamento dos ossos mas também de uma sobrecarga na região.

Eu não estou tendo nenhum desconforto na parte da cima da barriga, tipo falta de ar, dificuldade para dormir por causa de sufocamento, essas coisas. Por outro lado, esses desconfortos estão se concentrando na parte de baixo pois Morena está com a cabeça há muito para lá e também porque os músculos não estão dando conta de segurar tudo - estou com aquela separação que não lembro o nome (diástase? ou algo assim?) em um pequeno grau e útero, bexiga e etc estão demais para uma pobre região púbica rsrsrs

Assim, estou fazendo uns exercícios para amenizar - o que está dando resultado. As dicas que dá para passar aqui são: movimentar-se em bloco. Ou seja, no carro a gente entra de lado, apoiando o bumbum primeiro e depois coloca as duas pernas pra dentro ao mesmo tempo. Para sair, a mesma coisa. Isso deve se repetir em qualquer mudança de posição. Na cama, se for virar para um lado concentrar o corpo no meio e virar de uma vez só. Dá para entender?


Também levar a barriga às costas, contraindo o músculo quando for fazer um movimento mais brusco - sentar, levantar, subir escadas, pois evita a sobrecarga muscular.

E outra que foi uma bela descoberta: usar a faixa maternal - acho que já tinha visto alguma antigamente e nem sabia que ainda existia. Comprei De Millus por R$ 23 (para quem for de Brasília, na Casa Raquel) e uso quando vou caminhar ou passar mais tempo em pé - para ficar só sentada ela foi desaconselhada. Tem sido uma ótima - amenizou demais as dores e os picos - em momentos de movimentação. Ela segura a barriga diminuindo também a carga.

Agora a dor existe mas como uma sombra apenas. Beeeeeem menor".

É isso!!!

terça-feira, 6 de julho de 2010

35 Semanas



Olhando para sua barriga, é capaz de você conseguir distinguir, de vez em quando, o contorno de um cotovelo, um pé ou da cabeça. Daqui a pouco, como a parede do seu útero e do seu abdome fica cada vez mais fina e deixa passar mais luz, ele vai começar a ter ciclos de atividade durante o dia.

Esta semana, os dois rins do seu bebê estão totalmente prontos. O fígado também já consegue processar substâncias de que o corpo não vai precisar.

O volume de líquido amniótico diminuiu bastante, pois o bebê ocupa muito mais espaço dentro da barriga. O útero cresceu nada menos que mil vezes em relação ao tamanho original. Nesta fase você já deve ter engordado entre 11 e 14 quilos, e seu umbigo pode estar saltado e maior.

Talvez você tenha falta de ar, porque o útero está próximo às costelas. Experimente ficar de quatro para conseguir respirar mais fundo. Mesmo que o peso do útero sobre a bexiga a faça ir ao banheiro sem parar, não reduza sua ingestão de água -- seu bebê precisa de bastante líquido.

Uma boa idéia, contudo, é diminuir o consumo de bebidas diuréticas, como chá, café e refrigerante, que podem multiplicar sua vontade constante de fazer xixi.

Logo seu médico deve pedir que você compareça a consultas semanais até o parto.

Fonte: http://brasil.babycenter.com/pregnancy/desenvolvimento-fetal/35-semanas

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Preparativos - finais ou iniciais?

Hoje acordei arrumando coisas.
Uma disposição para os afazeres que estavam sendo adiados. Atividades miúdas mas necessárias, como guardar um objeto, achar lugar para outro, enfim, esse movimento me tirou a sensação de estar procrastinando frente aos menores detalhes. Engatei uma primeira e aqui vou, lentamente, mais indo.

Quando a gente está na trigésima quinta semana de gestação tudo pode parecer um sinal. Lembrei de mamãe dizendo que na hora de parir, lavava a casa. Lembrei de outros relatos de parto de gente que, sem bolsa estourada nem nada, tinha como primeiro indício do parto, a vontade de arrumar tudo.

Entretanto, como já disse aqui, tento afastar a ansiedade. E não acho que a urgência de hoje tenha relação com a urgência de Morena. Sinto-a tranquila por aqui, ainda com bastante espaço para suas aventuras aquáticas, ainda se mexendo tanto e ainda mantendo comigo esse diálogo de bundinha, perninha, pezinho, bracinho contra o meu corpo.

Penso que estou tomando as rédeas. Que não me antecipei mas que não quero atrasar. No sábado, arrumei parte das lembrancinhas de nascimento. A outra parte vem da Paraíba - minha irmã Valéria está lá, às voltas com as mais variadas missões. Aliás, estou já cheia de vontade que a parte do enxoval que está sendo organizada por ela e por mamãe chegue logo.

Hoje, depois da sessão de pilates (agora entendi, por meio da doula, a dor na região púbica e estou tentando curá-la ou ao menos amenizá-la)resolvi ir para o centro da cidade. Quem conhece Brasília sabe que o que falo não tem sentido. Mas gosto de falar em centro, para me sentir em uma cidade.

Assim, visitei algumas lojas. Comprei a bolsa do bebê (não lembro o nome oficial). Mas sei que fiz isso em um brechó, o Era meu, agora é seu. Ganhei de lá várias fraldas de pano no Chá de Bebê e já conhecia o site mas só hoje visitei a loja pela primeira vez.

Tinha pensando nisso como um bom produto para se comprar em brechó. É resistente e, pensava, seria possível encontrar algum de boa qualidade, já que é o tipo de coisa que a gente não quer abrir mão nesse começo encantado mas que, com o tempo, vai se tornando superflúo.

Como as que vimos normalmente nas lojas não nos atrai e a que nos atrai custa mais de R$ 400, acho que fiz um bom negócio.

Também adiantei uma peça no enxoval da mamãe comprando mais uma camisola. Elas são tão lindas - dá vontade de levar a loja toda, no lugar de fazer uma escolha tão difícil. Mas é o jeito.

Agora, falta separar o que vai de Morena - ainda não mexi nas roupinhas dela. Tenho que ver se preciso ainda comprar algo ou se já temos o suficiente para sua fase de recém-nascida.

São as malas, afinal. E são três. A minha, a de Morena, a de Fábio. A doula disse que eu poderia fazê-la, já que estou com dificuldades, a partir do primeiro sinal do parto, que há tempo suficiente para isso normalmente. Mas leio tantos relatos de gente que terminou deixando em casa até a câmera, diante da pressa, que vou preferir não arriscar.

"Devagar se vai ao longe, devagar eu chego lá..."