quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Comer, comer...








Bom, confesso que nessa fase da introdução de alimentos, passei pelo mesmo choque/constatação que passei no início da amamentação: é difícil e ninguém nunca falou sobre isso.
Para mim foi mesmo uma surpresa e, mais uma vez, a despeito de todas as minhas tentativas de ser uma pessoa bem informada no que diz respeito às necessidades de Morena.
Não sabia que os bebês não devoravam tudo desde a primeira vez, não sabia que nessa fase eles mudam seus horários, seu humor, acordam toda hora, mamam mil vezes e fecham a boca e fazem os mais elaborados besourinhos na hora da comidinha.
Por preguiça, falta de talento ou sei lá o quê, tenho seguido o cardápio passado pelo pediatra de Morena. Atualmente na lista do IShtar essa discussão está rolando aos montes e vejo que cada cabeça uma sentença em relação à alimentação nesses primeiros anos. Por isso mesmo vou com a cabeça do meu Dr. e vamos ver no que dá.
Vejo que ela engole super bem agora. Superou, portanto, um primeiro desafio. Não engasga, nem tem ânsia de vômito. No entanto, fazê-la abrir a boca só tem acontecido à base de estratégias escusas tipo fazê-la rir ou conversar.
Aí, ela come um pouquinho e pronto. Meu limite tem sido o choro. Enquanto ela fecha a boca, faz besouros ou vira o rosto com determinação, insisto. Quando chora, paro.
Uso a mesma máxima que uso quando pego briga com garçons ou sou mal atendida nos restaurantes: perde o sentido. Vou para ter prazer. Se o prazer se transforma em qualquer outro sentimento do mal, ficar ali perde o sentido.
Hoje à tarde, ela me surpreendeu. Depois de chegarmos de um passeio que incluiu almoço na casa da madrinha, ida ao cartório e em dois postos de saúde em busca de vacinação, chegamos em casa exaustas e cheias de calor.
No lugar do peito, ofereci o suco da última laranja lima que tinha na cesta. Resultado? Ela tomou tudo de forma absolutamente 'adulta'. Segurou no copinho com as duas mãos, engoliu direitinho, ia baixando o copo à medida que o conteúdo diminuia e resmungou quando acabou.
Lamentei ter sido a última laranja, de uma dúzia em que tantas foram estragadas pelo subuso e torci para que ela estivesse inaugurando uma tendência e não protagonizando uma exceção.

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