quarta-feira, 28 de setembro de 2011

14 meses - completados hoje

E eu sempre faço o exercício de reviver o 28 de julho de 2010. Emocionante.
Inacreditável ver o resultado: uma filhota cheia de espertezas, encantadora, inteligente, carinhosa.
Mas hoje o dia de comemoração foi um pouco atormentado. Ela acordou fragilzinha. Na segunda fomos ao pediatra e ele disse que ela estava com faringite virótica, que a febre ia passar, que dentes e vacina não tinham relação com a doença dela.
Hoje, além da moleza, pintas vermelhas.
Fui lá e ele me tranqulizou. Nada de remédios, só o sorinho no nariz. A virose estava passando e deixando como rastro as pintas e ainda a moleza da pequena.
Mas no final da tarde ela pareceu entrar em transe. Chorava, não olhava pra nada e não respondia a nada. Um choro sofrido, cheio de gritos, de ais.
Quando eu conseguia deixá-la mamando até adormecer, acordava de repente, com os mesmos sintomas.
Eu sempre achava que ia passar mas a cada novo acordar, o mesmo quadro.
Eu já estava me desesperando. Não conseguia chamar sua atenção para nada.
Liguei para o médico e ele com voz de que me mandava fazer o óbvio, o que eu já devia ter feito, me orientou a dar analgésico.
Batata.
A pequena dorme, vivendo enfim, a tranquilidade de ficar um mês mais velha.
Agora, sonho que amanhã eu acorde com uma filha curada e que brinquemos o dia inteiro.

domingo, 25 de setembro de 2011

Dois dias de febre

Ontem e hoje. Tivemos calma e paciência.
Ela ia e vinha. Mais vinha, na verdade. Não passou dos 38.8 - pelo menos no que conseguimos monitorar.
Resolvemos não medicar. Demos banhos mornos, fizemos umas compressas com os lencinhos umedecidos, trocamos temperatura com ela.
Como possíveis explicações, a vacina contra varicela que ela tomou ontem de manhã e a descoberta da ponta visível de um dos molares inferiores e o inchaço do outro.
Então, com tudo explicado até então, deixamos o corpo agir.
Mas hoje revendo a literatura sobre a febre, me preocupei.
Eram quase dois dias já. Vale salientar que ela não come desde então e, desde então, praticamente não sai do peito, o que me extenua também.
Medicamos e por um bom tempo pós-medicação, a febre não cedeu.
Ela daquele jeito, molinha, olheiras, silenciosa, quieta.
Já traumatizada com o gesto do termomêtro nas axilas (no começo também estava medindo só com as mãos), com a mão da gente em sua testa, ela começou a acordar cada vez mais rápido, a ficar indócil.
Bom, preciso voltar lá (ela voltou pro seu quarto esse final de semana) pra me certificar de que continua sem febre, a última medição atestara isso.
Torcendo já... e como tenho consulta com o pediatra no começo de outubro (as consultas passaram a ser bimensais) vou ver se antecipo-a para amanhã, faça ou não febre.

sábado, 24 de setembro de 2011

Imagens de Natal









Imagens de Pirenópolis





Imagens do batizado



















No auge do estresse ou desabafo

Sabe quando o sangue sobe e a gente nem acha que devia ter subido tanto e nem consegue fazer com que baixe?

Aff maria. Tô nessa.

Fábio saiu com Morena. Foi levá-la para tomar vacina particular, contra catapora, primeira dose. Praticamente com um mês de atraso.

Mas esses dois estavam se arrumando desde às oito e poucos, acho.

E uma demora, e mais demandas surgindo e Morena irritada, chorando (sono + dentes, espero) e mais demora.

Fábio quer que eu fique com ela pra tudo, ou seja, pra tudo que ele precisa fazer, me entrega ela. E eu fico mordida porque passo o tempo inteiro só e tenho que ficar com ela pra tudo, por minha conta. Por que ele não pode, não quer ou não consegue fazer o mesmo?

Procuro a tampa do copo e nada. Estou com uma empregada doméstica a semana toda mas me sinto como se tivesse o saci, bagunçando tudo nas minhas costas. Com ela queria descanso, mas não tenho. Acho um brinquedo na fruteira. Por que ela não tirou o brinquedo da fruteiro?

Acho que vou explodir. Queria ir caminhar. Mas o sol está implacável. PAssou da hora. Queria uma receita certeira para me trazer a paz instantânea.

Quem tem?

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Novidades de ontem e de hoje

Ontem mais uma vez fomos a uma aula experimental de musicalização. A última foi na BooBambu e acho que nem contei aqui sobre. É que não gostei e acho que Morena também não. Achei forçada, agressiva, sem liga. Também chegamos atrasadas e percebi que a distância não valia a pena (é no Sudoeste).

E nada de descobrir algo por aqui,na Asa Norte, apesar de vários amigos músicos ficarem de me enviar dicas, inclusive das aulas da UnB e nada. Aliás, a UnB foi um capítulo.

Quando soube dessas aulas, entrei no site da universidade, no google e nada de descobrir um contato ou qualquer mera informação. Então, a aula ficou misteriosa. Ainda mais depois de um monte de gente conhecida dizer que frequentava - uns amando, outros dizendo que a diferença estava no professor, outros não conseguindo avançar além da tal e famosa lista de espera.

Até que uma dica de uma participante do Ishtar e que faz um blog que eu respeito demais e acompanho, mudou tudo.

Foi semana passada que ela falou da aula da 307 e ontem lá fomos nós. Eu fiquei encantada. A aula foi de uma suavidade, delicadeza e sensibilidade que me comoveram.

Já Morena, no começo também não se envolveu muito. Ela só olhava, se agarrava em mim... uma timidez e uma expressão próprias das aulinhas de musicalização. Não sei por quê. Eu respeitei totalmente o tempo dela e, daqui a pouco, já estava mais ou menos serelepe.

Já estamos ensaiando uma música para a festa do Dia das Crianças e Bruninho também participou da aula. Tomara que decidam fazê-la.

***

Hoje Morena fez cocô no penico pela primeira vez. Eu acho que já contei que ela tem consciência corporal que faz xixi e o número 2. Às vezes bate na barriga avisando que fez e até avisa dos puns.

Hoje tinha deixado ela sem calcinha um pouco e foi um pum que me mostrou que algo estava por vir. Levei-a correndo pro banheiro, onde estava o penico, e como ela estava nua, as coisas foram facilitadas.
Daí, cantei uma música sobre número 2 no penico que inventei na hora e ela ficou tranquila, sentada até acontecer.

Foi tão lindinho. O cocozinho também estava uma beleza. Ia tirar uma foto mas esqueci. Quando me dei conta, já estava limpando tudo.

***

Hoje na natação ela estava uma peixinha cheia de evoluções. Passou quase a aula toda fazendo bolhinhas, no maior fôlego, começou a se baixar pra pegar os brinquedos submersos, deu uns mergulhos mais ousados. É incrível como tudo acontece de um segundo pra outro, inclusive as tranquinagens. Mas essa parte conto depois.

Batizado de Morena

Ainda não falei muito sobre isso aqui. Lapso.
Mas Morena foi batizada.
Foi no dia 30 de julho, um sábado pela manhã, mesmo dia
em que foi realizada a festa de um ano, na casa dos vovôs
Manoel e Maria, na Paraíba.
O batizado não era coletivo. Era só o dela.
Na mesma cerimônia em que receberíamos a bênção de união,
que terminou sendo praticamente um casamento.
Eu gostei muito da cerimônia de batismo, achei importante
e bonita. A gente é levado a considerar o batizado como
algo massante. Tudo bem que os fatos de ser só o dela e de
sermos só nós na igreja, devem ter ajudado.
Eu cheguei atrasada, meio estabanada com Morena nos braços,
depois de ter errado o endereço da igreja, achei que era outra na mesma
rua. Depois de passar um tempão, desde cedo, no salão e depois de ter
passado parte da noite anterior no hospital, como já contei aqui.
Então, acho que, na verdade, eu estava meio dopada ainda.
Quando entrei e vi tanta gente querida, chorei.
Na verdade, não tinha tanta gente assim, mas todos os
que estavam eram queridos.
É que estava focada no aniversário e terminei praticamente
não convidando para o batizado e a bênção.
Achei a decoração da igreja linda e mamãe encomendou, de
surpresa, pequenos buquês de rosas brancas para os
convidados.
De lacuna, uma música ao vivo. Não pensamos nisso. Terminaram
puxando os cânticos mamãe e o Padre Zé Vanildo.
Os padrinhos de Morena são a irmã de Fábio, Isabel e o marido dela, Dourimar.
E a roupa que Morena usou está na família há quase vinte anos. Foi de Ana Maria,
filha de minha irmã Valéria. Desde então, vários bebês já se batizaram com ela, que faz o
estilo tradicional, longo de linho bordado.
Depois do batizado, onde firmamos o compromisso de acompanhar nossa filha também
em sua vida espiritual, educando-a para isso sob os preceitos cristãos, fui novamente
surpreendida por mamãe. Ela nos chamou para tomar um suco na casa de meu irmão mais
velho, Rui e lá havia um bolo lindo (estilo da massa: bolo de noiva) e super gostoso, champanhe
e uns salgados, para uma breve e feliz confraternização.
É que mais tarde seria a hora de Morena no Reino das Frutas.
Acho que ainda não consegui agradecer o suficiente e expressar aos meus pais
a minha, a nossa gratidão pelo seu envolvimento com esses eventos e com a nossa
própria estada (tão longa) em sua casa.
Foi lindo demais.
Obrigada por tanto amor e dedicação.
Nós amamos vocês!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Reflexões sobre a primeira creche ou escola

Antes do início de tudo é uma dica de revistas e afins: procure a creche ou escolinha para o seu filho enquanto ainda estiver grávida, pois terá tempo e disposição para isso e pode reservar vagas.
Mas na prática o que aconteceu comigo é que não fiz essa procura. Ela aconteceu quando toparia qualquer coisa – escola ou creche – que caísse bem nos meus olhos e nos nossos bolsos. O maior dos critérios: a que tivesse vaga.
É que resolvi correr mundo, como se diz, em Brasília quando surgiu de repente uma possibilidade de emprego. Em poucos dias ou horas já tinha ido a várias unidades na Asa Norte, onde moro. Essa dica de revista, segui. A escolinha ou creche ideal é aquela perto de sua casa.
Ter feito essa inúmeras visitas deu um nó na minha cabeça. O que seria afinal uma creche? A definição top of mind? Uma caixa. Uma caixa para guardar nossos pequenos, diante da nossa impossibilidade de fazê-lo.
Quem conhece ou mora em Brasília sabe que falo do espaço geográfico mesmo daqui e do que sobra comumente para os espaços de aprendizagem. Eles são quadrados. E dentro deles, para os pequenos, resta uma sala, também quadrada.
Em alguns dos quadrados dos quadrados quase não há áreas verdes ou alternativas ao quadrado. A gente tem que ouvir as entrelinhas, pois aquele lindo parquinho ou aquela horta ou aquela piscina que nos são apresentados, só estarão disponíveis aos nossos pequenos anos depois de sua entrada.
Vi muita coisa. Coisa ruim, como o piso quebrado em sala de criaturas que engatinham. Vi lugares onde as crianças ficam a maior parte do tempo no bebê- conforto que seus pais devem levar. Vi coisas boas, como salas de leitura super criativas, com muitos livros, fantoches, fantasias para serem desfrutadas pelos pequenos.
E terminei por duvidar do que vi. Ou seja, das que gostei mais, resolvi voltar para uma visita menos apressada, emocionada e mais criteriosa. O amor por algumas delas foi rebaixada ao desamor.
E o amor verdadeiro por alguma? Ainda não surgiu. Restou alguma paquera e querer bem.
Os preços? Sempre muito altos.
Uma matéria na Revista Crescer apesar de lida após as visitas me ajudou a digerir as informações. Coisas que marcaram: avaliar como a escola se coloca esteticamente, como fala de si em murais, pinturas, decoração. Outra: não escolher algo muito longe de nossas reais condições financeiras pensando em educar melhor. Pois isso traz uma convivência das crianças com outros padrões de consumo. E o que a revista não diz, com outros padrões de pessoas.
O padrão de pessoas descobri ser agora um dos meus principais critérios. Então, me restariam como solução óbvia, e por isso não sei se real, as escolas ‘cabeças’.
Aí, que olhei para todos os meus folhetos adquiridos com outro olhar, de novo. Agora, focado na metodologia, corrente, escola.
Então, por conseqüência, comecei a pesquisar sobre isso, o que me abriu um universo enorme e com ele um peso também grande. O de descobrir que a escolha da escola ou creche não é algo que deva apenas responder uma necessidade pontual.
Uma coisa que vi, a partir disso, é que teria que esperar mais para colocar Morena em alguma escola ‘cabeça’. Elas só aceitam, pela minha atual pesquisa, a partir de um ano e oito meses.
Então, o que nos restaria a partir de agora é maximizar o tempo e a qualidade dele ao lado dela e estudar mais e mais para determinar qual das ‘cabeças’ se identificaria com nossas cabeças, fazendo disso uma decisão consciente, calma e feliz e não o resultado de uma apressada busca.
O bom é que se pode voltar atrás, pensar melhor, fazer de novo. Reparar eventuais erros. Sim, né?

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Ficar grande é chato demais

Essa frase é da música Bicicleta, do meu amigo Eduardo Rangel, também padrinho de romance (minha história com Fábio começou na casa dele, na famosa festa 'Natal dos Desgarrados'). Sempre lembro dela quando o fardo da vida adulta se torna grande, gigante, aparentemente inadministrável.

Hoje é um desses dias em que a frase martela na minha cabeça. Mas os transtornos começaram ontem, domingo, cedinho, quando saia com Fábio e Morena para tomar café da manhã num restaurante perto de casa. Daquele jeito rápido, que a gente não consegue explicar, nem recapitular, quase chegando no carro, torci o pé.

Dor enorme. Depois, dor suportável. Depois, a volta da dor louca e falta de mobilidade. Fui ao hospital, passei três horas lá, tomei duas injeções (um analgésico e um antiinflamatório), fiz um exame, constatei que não havia lesão, tive o pé imobilizado, recebi um atestado de afastamento de três dias e a recomendação para não pôr o pé no chão pelo mesmo período, além de usar muleta e tomar mais três comprimidos.

É claro que não posso me dar ao luxo de apresentar um atestado no meu primeiro trabalho pós-Morena, um frila de duas semanas e também me dar à irresponsabilidade de cuidar da pequena de um jeito que não seja pé no chão, literalmente.

Mas acordei sem tanta dor e conseguindo pisar melhor e isso me animou até receber um telefonema do marido da pessoa que trabalha em casa e está ficando com Morena para que eu também possa trabalhar, avisando que ela mesma estava no hospital, que não iria e não sabia como ficaria a partir dali, se seria hospitalizada e tal.

Eita! O mundo pareceu sumir de baixo de um pé já tão machucado. Pensei: E agora? Acho que as mulheres, as mães ou aquelas recém- mães sabem que a responsabilidade parece ser maior para nós, que temos que vencer barreiras e preconceitos para, além desses papéis, também ocuparmos um no mercado de trabalho, e que não achamos plausível faltar ao trabalho porque nossa cuidadora também faltou.

Se fosse um trabalho fixo, com direitos, que me desse essa oportunidade em troca de oficializadas contrapartidas, mas um frila, em que eu já estou cobrindo o trabalho de alguém que também não está...

E agora? E agora? Ficar grande é chato demais. Ficar grande é chato demais.

Marteladas.

Ligo pra minha antiga diarista. Ela diz que vai ver se pode. Responde algum tempo depois. Não pode. Se eu tivesse avisado com antecedência. Mas qual antecedência, se eu fui pega de surpresa também?

Ligo pra meu irmão. Ele diz que vai ver se pode. Responde algum tempo depois. Não pode. Se eu tivesse avisado com antecedência. Mas qual antecedência, se eu fui pega de surpresa também?

Ligo para Fábio que está viajando. Ele pede que eu fale com a madrinha da pequena e, assim eu fiz.

Ouvi um: Posso!

Ai, o chão voltou ao meu tão machucado pé.

Aproveitei as duas horas que faltavam para eu estar no trabalho para tentar dar uma geral na casa, caótica sempre na segunda-feira, para amamentar, fazer a mala de Morena.

O banho tomei sentada, com a perna direita pendurada para fora, coberta por uma toalha, a pequena tentando entrar no box, chorando, escorregando no chão molhado.

A roupa troquei com ela querendo estar no colo, chorando e gritando a maior parte do tempo, até se distrair.

Cheguei na madrinha com o pé apertado num sapato, com uma mochila nas costas, uma bolsa na mão e a pequena na outra.

Não almocei, não pude aceitar o convite dela para isso.

Sentei com Morena, tirei os brinquedos que levara, expliquei que estava indo trabalhar, pedi um beijo e saí correndo, enquanto ela estava calminha, brincando. Essa foi uma dica que sempre segui. Nunca sair escondida. Sempre dou tchau, explico a razão de estar saindo, quando volto, etc. Sempre deu certo. Nunca vi piti dela por esse motivo.

Cheguei atrasada cinco minutos. Foi duro estacionar.

Sentei na minha cadeira caladinha. Queria contar todos os meus poréns de hoje. Mas pensei que a ética pedia silêncio. Lembrei também de outra frase: Ao notar que tu sorris, todo mundo irá supor que és feliz.

Smile!

P.S.: Bel, você hoje foi (fada)madrinha! Obrigada!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

As mina, os mano. Os mano, as mina

No trabalho de Fábio não só ele, mas outros três colegas que lidam diretamente com ele são pais (dois) de bebês e um está na expectativa da chegada do seu primeiro pimpolho.
Estive com os dois que já são pais e com Fábio em algumas ocasiões, na viagem à Natal. Achei muito interessante que além da relação profissional eles tenham esse ponto em comum. Pois volta e meia estão trocando experiências sobre os filhotes, contando das venturas e eventuais desventuras de sua paternidade.
Isso dá a eles um back ground que os tornam (mais) capazes de lidar com qualquer bebê – Morena se beneficiou do carinho à flor da pele dos dois, além do papai e de lidar melhor com tudo, acho, pois estão mais sensíveis e aptos a ser solidários, a criar empatia, a se colocar no lugar do outro.
É um quarteto que anda tricotando sobre natação para bebês, empregadas domésticas, alimentação e outros quetais muito comuns em rodinhas femininas. Eu mesma tenho me autodeclarado apta apenas para falar de maternidade e casa.
Não é um sinal dos tempos esses colegas de trabalho abrirem espaço em suas agendas para compartilhar da vida em família? Só isso lhes dá uma pecha de que são especiais, de que estão acima da média no tratamento historicamente dispensado pelos homens aos filhos e esposas e às esposas com filhos pequeninos.
Já aqui, no meu trabalho temporário, estou ladeada por quatro mulheres que se dizem estar por algum motivo (idade, saúde, cobrança do companheiro, vontade própria) pensando em gerar um bebê.
O que se sobressai nesse pré delas? Medo.
Aos poucos fui entrando na conversa, super empolgada com o tema, lógico. E com uma vontade imensa de ter a palavra certa para dissipá-lo.
É claro que o medo deve ser comprovadamente a primeira sensação quando a gente sabe do ‘positivo’ de um exame para confirmar a gravidez. Também eu passei por isso.
Mas ele, foi o que pensei, não pode fazer com que essas meninas adiem ou desistam da possibilidade de se tornar mães e, principalmente, de se apoderar e tirar proveito da maternidade, diferente, sim, da paternidade e por isso mesmo tão assustadora num primeiro momento.
Dá medo? Dá!
Dá trabalho? Só respondi sim a essa pergunta muito recentemente e sempre posso repensar.
A vida muda? Muda. Mas a gente nem sente tanto. Porque a gente muda junto, a gente já estava mudada desde a fecundação e a vida pode mudar para melhor, pois a gente entra num universo muito grande e bonito: o do amor e seus cuidados.
Pode ser machista ou feminista, mas como muitas coisas de âmbito doméstico, acho que mais essa responsabilidade (a de fazer com que tudo caminhe melhor) é mais da mulher.
Fazer com que a vida não mude tanto ou mude mais pra melhor, fazer com que o marido não nos oprima com sua liberdade (real e intrínseca da sua condição de homem que não gera, não dá à luz e não amamenta), fazer com que ele fique mais junto de nós e do pimpolho, antes e depois do nascimento, ‘capacitá-lo’ para isso, pode ser algo que nossa boa vontade consiga e que precisemos fazer para não nos sentirmos tão apartada ou com a vida tão mudada.
Mas com toda a modernidade, com as conquistas das mulheres, com as próprias conquistas desse quarteto feminino que me ladeia, elas mesmas cheias de conquistas para comemorar, senão não estariam aqui, exercendo sua profissão, ser mãe só muda de endereço.
Muita coisa não é possível mudar. E essa é a melhor parte. Somos nós que temos o útero, que geramos, que parimos. Nós somos e podemos ser as mães. Que tal aproveitar esse privilégio e fazer uma nova criaturinha, curtir todas as dores e delicia disso, deixar nosso corpo chegar ao seu máximo, deixar nossa alma chegar ao seu máximo?
E viver cada medo a seu tempo, deixá-lo chegar, ficar, passar...
Com que palavra eu rebateria o ‘medo’? Com ‘informação’.
Ela pode dar outra dimensão e muito mais prazer a uma futura mãe.
Meninas, daqui, de uma cadeirinha a ser ocupada por poucos dias por mim, desejo de coração que o medo se transforme em esperança (não me contive em usar essa frase) e a esperança se materialize em um filho ou filha que dê a oportunidade de vocês viverem o medo na prática e descobrir que ele é suplantado por um monte de coisa encantadora, diariamente.
Ou não.
Vai saber.
Risos.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

...que eu estou voltando...

Por onde começar?
De novo a pergunta.
E por que tanto tempo sem atualizar o blog?
Viajamos duas vezes, ficamos com pouca,nenhuma ou de péssima qualidade conexão e, enfim,
por falta de tempo ou de vontade de utilizar o único restante (à noite, pos-adormecimento de Morena) para este fim.
Hoje em dia, na idade que ela está, 13 meses, não é mais possível unir os cuidados a ela com uma navegação que exija escrever, tratar fotos e vídeos.
Então, por onde começar?
Por hoje, 13 de setembro.
Hoje vi que não é apenas um, mas são dois dentes surgindo, os incisivos laterais inferiores, me disse minha irmã. Um até já ficou bem grandinho do fim de semana pra hoje. Mas outro ainda está prestes a sair. Imagino o que não causa um fenômeno assim.
Se bem que nunca percebi sintomas muito graves que pudesse atribuir ao nascimento dos dentes. Ela nunca teve febre, diarréia, etc etc. Talvez algo mais subjetivo, como mamar mais, estar mais agarrada a mim.
Mas hoje percebi que ela estava mais enjoadinha e salivando que só. Por causa disso, até aprendeu a cuspir e também a pegar um monte de cuspinho e dar pra gente ou de ver a baba no chão e fazer um estudo detalhado dela, com direito a esfregá-la na superfície em que estava fixada.

Novidade 2

É que desde ontem e nas próximas duas semanas estou trabalhando. Ela está ficando em casa, com Suzie, não a boneca, mas a babá ou minha ajudante em tudo. Combinamos um horário diferenciado e, assim, foi possível topar as cinco horas fora, enquanto ela fica com Morena.
Acho que ainda não contei (assunto pra depois), mas andei demais nessa Brasília conhecendo e reconhecendo, visitando de novo, as creches. Elas não tem vaga, quase nenhuma é plausível e, enfim, minha pequena ainda não estuda fora.
Ontem, quando cheguei, depois das 19h, ela estava no colo, se preparando para dormir. Suada que só ela e com uma cara de ‘quero a minha mãe’, que pulou pra mim e mamou até não querer mais.
Aí, propus um passeio e fomos ao Beirute, comemorar o aniversario de Mauro. Lá ela se comportou autenticamente como uma criança, brincou com Pedro e Helena, os filhos dele e Carina e quis ficar prá lá e prá cá, de dentro pra fora do bar, pegando folhas, lambendo pedras e atacando o cinzeiro que fica na área externa. Trabalheira que encurtou a minha estada e diminuiu meus goles de cerveja (sim, eu os tomo mesmo amamentando).

Viagens

Entre sexta e domingo passados fomos a Pirenopolis. Achei uma delicia a viagem. Menos tensa do que a anterior porque divergimos, eu e Fábio, sobre alguns cuidados com Morena.
Dessa vez, ela super aproveitou. Brincou com os cachorros, andou, descobriu coisas e lugares, dormiu no meio da muvuca enquanto estávamos reunidos em convescote (que tal esssa palavra?) mostrou todos os seus encantos, tomou banho de piscina.
Ainda não entendi bem, mas foi diferente. E pra melhor. Acho que por ela estar mais participativa, vivendo já seus próprios momentos.
Antes, entre 3 e 8, fomos pra Natal-RN. Essa parte alguns já conhecem pelo Face Book. Mas Fábio viajou um pouco antes, em outro vôo, pois ia a trabalho e nós passamos pela cruel noticia de saber que éramos vitima de overbooking da TAM.
Pior do que isso é sempre o tratamento que nos dispensam. A pequena em meus braços não fez diferença. Eles tripudiaram mesmo. Não apareceram no juizado especial, onde eu havia prestado queixa, para negociar (depois o meu interlocutor TAM disse que estava muito ocupado), me colocaram num hotel fora do Plano Piloto de Brasília (eu tinha optado por não voltar para casa pois estaria sozinha com malas e etc), me fizeram andar horrores para dar o tal telefonema de direito e me arranjaram um vôo às 21h, quando o original era 12h45.
Meia noite chegamos, enfim. E Fábio nos esperava para dias que foram maravilhosos. Ele estava trabalhando, mas conseguiu estar sempre presente, comemos muito no ‘Camarões’, um dos nossos restaurantes preferidos da vida e, alugamos um carro para voltar à praia onde passamos o verão, Barra de Tabatinga.
Morena pareceu uma peixinha. Andando agora, era colocada no chão e já saia disparada rumo à água.
Ah, e recebemos a visita especialíssima de minha irmã Valéria, meu cunhado Alexandre e as filhotas Ana Maria e Ana Beatriz, que foram de João Pessoa até lá nos ver. Com eles ficamos o domingo e foi ótimo.

Outras novidades da pequena

Não sei quem (foi você Renata Catão?) ou se criei, mas tenho a impressão que alguém me disse que bastava você dar um canudo a um bebê pra ele aprender a usá-lo instantaneamente. Foi isso que constatamos. Em Natal, demos a ela uma água de coco com canudinho e pronto. Ficamos na dúvida sobre o que estava acontecendo, pois o canudo não era transparente. Mas Fábio me garantia que estava sentindo a água geladinha subindo e voilà, recebemos um coco vazio de volta. Desde então, o canudo tem sido um mega trunfo para uma menina tomar tudo, sem sujeira, sem engasgos e com muita diversão.
Ela tem ficado cada vez mais participativas nas tarefas que envolvem seus cuidados. Agora, coloca as pernas para vestir shorts e calças, passa perfume, faz que penteia os cabelos, gosta de passar hidratante no pai.
Já segura bem melhor a colher e hoje espetava seu garfinho de pontas arredondas no melão e comemorava com palmas e ‘êêês’ cada vez que conseguia firmar um pedacinho. Comer que é bom, o danado do melão, nada. Mas valeu o treino na coordenação motora.
Vários brinquedos que ela não sabia como brincar oficialmente já tiveram suas regras vencidas pela pequena, que adora apertar os livros de pano no lugar indicado para sair os sons.
E que ela está andando já falei e que ela se levanta do chão sem se apoiar em nada ou ninguém, em um segundo, ainda não tinha falado, foi esse final de semana que aconteceu.
É coisa demais acontecendo. Inclusive um perigo maior de mãos que parecem ter se multiplicado, velocidade que parece ter aumentado e curiosidade que não tem fim. Essa e assim tem sido Morena.
Uma delícia!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Piquenique no parque

Foi ontem, no Olhos D´Agua. Eu, Sandro e Morena. Muito legal esse programa. É que Sandro mudou o horário de trabalho e a gente que sempre teve, pelo menos, um almoço mensal, teve que substituir o programa. A primeira nova versão foi assim, no parque, sentados no chão, brincando com Morena e comendo guloseimas.