quarta-feira, 29 de setembro de 2010

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Dois meses de vida!


Muita paixão, muita evolução, crescimento diário.
Nossa Morena curtindo sua vida que hoje completa dois meses.
Parabéns, filha e obrigada por nos trazer tantas coisa boas e tanta felicidade!!
Ahhh, mas hoje é dia de vacinas. Dá uma peninha...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

E ao notar que tu sorris todo mundo irá supor que és feliz




Eu e Fábio já fizemos muitas tentativas de registrar o sorriso de Morena desde que ele começou a existir com mais regularidade.É difícil conciliar esse 'timming', confesso.

Agora, descobri que ela sorri mais pela manhã, quando acorda. Mas como está faminta nessa ocasião, o sorriso farto logo vira choro alto. Daí, também a mesma dificuldade.

Por sorte descobri que no meu celular tem uma função de múltiplos disparos com a qual tem ficado mais fácil guardar esse sorrisinho lindo e raro também. Já temos várias sequências.

Aqui vão algumas delas. Com um clique sobre a foto a imagem fica maior.

Baby, você não precisa de um salão de beleza


Brinco dizendo que na véspera do nascimento de Morena meu trabalho de parto (já que tive a cesárea subitamente marcada) foi ir ao cabelereiro cortar os cabelos e fazer as unhas.

Ir à manicure, aliás, foi coisa que só pude repetir quase um mês depois do seu nascimento. Deixei ela dormindo com o pai e fui na quadra, morrendo de saudade de meu antigo salão que ficou pelas bandas da Asa Sul - lugar inacessível quando se tem um bebê dormindo em casa por tempo indeterminado.

Pois bem, com Morena completando dois meses terça-feira que vem, 28, só ontem voltei a receber esse tipo de cuidados. É que como eu já disse aqui, quando ela dorme tenho que escolher uma entre as dezenas de coisas que deixo para essa ocasião. Pelo visto, andei não priorizando esse cuidado pessoal...

Já aqui em Campina Grande a razão é outra. Morena não tem ficado dormindo por horas e não é muito recomendável acreditar que o que tem virado cochilo, será uma boa soneca. As vezes em que fiz, tive que voltar correndo e encontrá-la no colinho da avó aflita por ter necessitado de tantas formas diferentes para se tentar acalmar um bebê.

Assim, ontem resolvi encarar a missão e marquei horário no podólogo, aproveitando também para agendar lá mesmo a manicure. Morena foi no bebê conforto e enquanto eu era atendida ficou nos meus braços. Lá para as tantas acordou (para deleite das profissionais que me atendiam, uma na mão e outra no pé, e para todas as outras que iam correndo na sala para conhecer a pequena) e aí foi uma mão de obra terminar o serviço.

Enquanto segurava-a com um braço só, as unhas da mão oposta eram pintadas para, logo em seguida, serem borradas quando eu destrocava os lados. Tive que me conformar com um serviço 'mais ou menos' que em casa ficou pior. O esmalte não resistiu à noite e ficou todo marcado. Bom, pelo menos as cutículas se foram.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Cheiro de amor

Uma amiga nossa adora bebês e me disse, ao visitar Morena, que eu curtisse muito o cheirinho dela pois ele mudava mais ou menos aos nove meses.

Eu achei engraçado que ela soubesse precisar exatamente o período dessa mudança já que os filhos dela estão grandinhos - o que me chamou a atenção foi a memória dela para este fato. Eu jamais teria essa capacidade.

Assim, já com esse prazo de validade estabelecido, comecei a seguir o seu conselho e apurar ainda mais o olfato para os cheirinhos da minha menina. O que ela tinha assim que nasceu já mudou.

Agora, ela tem um cheirinho de leite, um hálito tão puro, tão suave, com odor de céu, que eu adoro a cada choro, bocejo e gracejo aproximar o meu nariz e sorver o ventinho celestialmente perfumado que sai dali.

Ela também começou a suar e o cheirinho de suor no cabelo ou no pé do cangote é das coisas mais gostosas desse mundo. Quando vou dar o banho, aproveito para dar um cheiro no 'suvaco', na barriga, no bumbum. Tudo bem quentinho e gostoso.

O cocô de um amarelo neon também tem um cheirinho que vou sentir falta e adoro igualmente o cheiro de xixi misturado às fragrâncias da fralda - aliás, esse sempre definiu os bebês para mim.

Um dia desses minha irmã contou que descobriu no filho dela, bebê à época, um grudinho bem fedido atrás da orelha. Apesar de achar que sempre limpava bem Morena nessas entranhas que, na correria, a gente até esquece, fui dar uma conferida e achei também um grudinho da mesma espécie.

E agora que já me arrisco a encarar uns produtos de beleza além do sabonete na pequena, ela ganha massagem com hidratante, pomadinhas e até perfume e fica uma flor com muito cheiro de amor.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

No colo da vó Maria




Ai, ai... Morena está me fazendo passar vergonha. Saí hoje com Vitória para irmos rapidamente ao supermercado enquanto nossos rebentos dormiam - eu tinha dito que Morena estava saciada e dormiria bastante.
Qual o quê. Estavámos ainda escolhendo nossas compras quando houve o primeiro telefonema. Os dois - Vininha e Morena estavam despertos e ela, chorando. Ele como já é maior já tinha chorado e estava bem. Ela não.
Viemos correndo e encontramos uma Morena calminha no colo da avó Maria e uma avó Maria com um relato tenso de quem tinha tentado de todas as formas acalmar uma netinha faminta e carente da mamãe.
Eu nem me compadeci porque avó é pra isso mesmo, né? Ademais, a cena das duas em tom lilás, numa comunhão bonita de se ver (já que a tempestade já tinha sido trocada pela calmaria)estava tão bonita e comovente que eu tratei apenas de pegar o celular e registrar a imagem.

Surpresinhas



Hoje desde muito cedo - tipo quatro da manhã - escutava os sons de Morena, mas como ela não chorava, fui deixando.

O tempo foi passando, o dia clareando mais e os barulhinhos continuavam. Aí, mais desperta, resolvi olhar.

Ela estava acordada, mexendo as pernas e, não estava de lado como eu tinha deixado horas antes e como ela permanecia o soninho inteiro. Estava de barriga pra cima, fazendo mil folias, há horas acordada e sem chorar.

Registrei o momento e mandei um foto-torpedo para o pai que já tinha voltado para Brasília.

domingo, 19 de setembro de 2010

Paraíba meu amor, eu estava de saída mas eu vou ficar...


Eu toparia fazer terapia só para solucionar o meu incômodo em fazer malas. Sobrevivi à viagem para São Pulo, aos 21 dias de Morena. Mas e fazer malas para uma viagem de mais de um mês? É esse tempo que vou passar, provavelmente, aqui, na Paraíba onde estou agora com Morena.

Já sabia que não funcionava fazer a mala no dia da viagem. Na outra, talvez sentindo a minha ansiedade (será que os bebês sentem mesmo?) ela passou a manhã acordada entre choro e peito, quase me impossibilitando de arrumar as coisas.

Dessa vez, comecei na véspera. Mas igualmente quase faltou tempo. No final, já estávamos na correria e o berço desmontável que Fábio tinha aberto para aprender e me dar uma aula de como manipular, teve mesmo que ficar em casa, pois não conseguimos fechá-lo a tempo.

Um detalhe é que eu viajaria só com Morena e isso estava me exacerbando embora eu tentasse não pensar sobre. Chegamos ao aeroporto em cima da hora e tivemos que pagar excesso de bagagem – Fábio é ouro e usou essa prerrogativa, mas como ele não ia embarcar, não vingou.

Eu decidi embarcar com Morena não no carrinho, mas no bebê conforto. Como o carrinho é retido na porta do avião e entregue ao final da viagem, da outra vez recebemos um carrinho sem rodas, mal desmontado e, cheios de bagagem tivemos que recuperá-lo, quer dizer, Fábio teve, no maior sufoco.

Mas meu tiro saiu pela culatra. Levar a cadeirinha rumo ao portão de embarque é cansativo e, em meio a uma parada para descanso e alguns ais, fui surpreendida por um homem que me ofereceu ajuda e me deixou no meu portão.

Já no avião não tive tanta sorte com pessoas gentis. Mas depois de sentar e levantar algumas vezes da poltrona para que meus vizinhos pudessem se acomodar, troquei de lugar e fui sozinha com Morena que, foi quietinha no meu colo e até dei uns cochilos também.

Quando cheguei em Campina ninguém me esperava ainda mas depois meu irmão Raniere chegou. O aeroporto ainda é daqueles em que temos que caminhar do avião ao desembarque e olhar o chão e o céu daqui sempre emocionam. Entrei na minha cidade com lágrimas nos olhos, trazendo agora uma filha minha para apresentar à minha terra.

Aqui em casa fui recebida com belas rosas por mamãe e papai. Uma alegria. Vitória e Vinícius chegaram logo depois de Recife, vindos da Suíça e tivemos uma bela janta com xerém, galinha, carne de sol, cuscuz, tapioca, queijos, biscoitos. Ave Maria, tanta coisa que eu quase não saia da mesa. Delícias e fartura nordestinas tão bem representadas em minha casa.

Fábio veio dois depois nos visitar e, com as crianças dormindo, pudemos, eu, ele e Vitória comer uma fava com tripa, um arrumadinho e um arroz de leite com carne de charque em um bar bem simples e de boa comida. Ah, tomei até uma cervejinha super gelada. Ô coisa boa!

Aqui, no Quilombo dos Barbosa, como chamo a casa dos meus pais, tudo está muito bonito. Em tempos de chuva a paisagem está intensamente verde. Tem feijão plantado e muitas flores. Morena todo dia toma um amplo banho de sol e está gorduchinha com a sustância da terrinha.

Passado o medo de enfrentar a viagem, vivo dias muito felizes por aqui. E as malas estão se mostrando úteis – usei o critério ensinado por Vitória, de tentar transpor o que usava no dia a dia e deu certo. Tanta coisa me incomodava na hora dos preparativos, pois ficava insegura se estava sendo exagerada ou não. Mas procurei não problematizar mais uma vez e acho que acertei na medida.

O berço desmontável Fábio trouxe, mas como ela voltou a dormir no carrinho por aqui, ainda não apelamos para ele. E fora o ataque das muriçocas nos primeiros dois dias (agora já tomamos providências), as noites estão sendo tão tranqüilas quanto em Brasília.

As crianças – Vininha e ela – estão sendo o xodó da família e eu não me arrependo dessa mudança provisória para cá.

“Quando me lembro de Campina Grande peço notícias e você mande”!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A estréia no CineMaterna


Na terça-feira, 14,Morena foi ao cinema pela primeira vez. Em cartaz não estava filme infantil e ela nem sequer olhou em direção à tela. O foco não era ela. Mas eu. Ou nós - as mães (sós, com pais ou acompanhantes). Fomos a uma sessão do CineMaterna, no Pier 21, para assistir Par Perfeito.

Desde a gravidez, quando conheci o projeto pela página da Natura, que o apóia, eu acalentava a vontade de participar, louca para já ter a filhota nos braços e ficar compatível com a proposta.

Fomos os três – eu, Fábio e Morena, almoçamos lá mesmo e já entramos na sala um pouco atrasados. Ela foi no bebê conforto, chegou dormindo e ficou assim praticamente o tempo todo. Depois, chorou um pouquinho, mamou e duas vezes teve a fralda trocada.

Muito legal ver tantas crianças – de até 18 meses – no cinema. Uma oportunidade especial para as mães, principalmente de bebês, poderem sair de casa e se divertir em um espaço personalizado, pensado e gestado para elas e seus rebentos, onde onde não há olhares de soslaio, nem incômodo pelo choro, as crianças são muito bem vindas e as mães tem um momento sem culpa, nem grandes preocupações em ocupar um espaço.
O CineMaterna nasceu inclusive da busca de algumas mães por essa oportunidade.

Há regras de convivência, lógico, colocadas em forma de poeminha pé-quebrado que pedem, entre outras coisas, que se o bebê chorar demais, as mães saiam para tomar ar.

O som é diminuído, assim como o ar condicionado e, embaixo da tela, inúmeros carrinhos estacionados. Ao lado deles, uma estrutura com trocadores equipados com fraldas (P, M e G), lencinhos umedecidos , perfumes e afins da Natura, para uso gratuito e ainda auxiliares super simpáticas que seguram a lanterna que possibilita a troca de fraldas e prestam ajuda às mães.

Eu, CineMaterna de primeira viagem, quando percebi que Morena tinha feito cocozinho, não levei a mochila, mas peguei fralda, lencinho e uma roupa sobressalente para ir ao trocador. Mal voltei e sentei, ela repetiu a dose, me dando a oportunidade de voltar lá com as mãos livres e usufruir de tudo que era oferecido.

Assim, conheci uma fralda Pom Pom que gostei muito por causa do fecho, bem maior que os habituais, supostamente para impedir os vazamentos que tanto tem me atormentado.

Bom, no público poucos homens. Aliás, para mim foi um privilégio poder ter a companhia de Fábio que tem horários mais flexíveis no trabalho, mas que muitas vezes não pode parar nem para respirar. Nesse dia, ele pode. E a sensação de, em uma terça feira, colocar uma bermuda e ir ao shopping, ao cinema, é muito bom.

Queria ter chamado algumas mães de bebês contemporâneos a Morena, mas não consegui. Acho que é um bom programa coletivo também. Mas estou sem os contatos telefônicos das pessoas no meu celular – perdi a sua agenda – e falta tempo para buscar tudo de novo. Também fico pensando que todas já sabem do projeto e não foram por falta de oportunidade ou algo assim.

Vou tentar descobrir depois e, quem sabe, vamos em bando numa próxima vez - as sessões são quinzenais e as mães cadastradas na lista convidadas a votar numa enquete no filme de preferência e também a participar do blog do projeto.

Ah, e após o filme tem uma sessão de bate-papo. Mas nessa não fomos. Ficou para a próxima. Foi ótimo poder dar uma namoradinha no cinema com bebê a tiracolo e tudo.

Bravo!


Para mais informações sobre o CineMaterna
www.cinematerna.org.br
www.cinematerna.blogspot.com/

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Transições

Nos primeiros dias depois da alta do hospital Morena dormiu na cama comigo ou Fábio, protegidinha por travesseiros, na casa da minha cunhada, que nos hospedou enquanto a mudança de apartamento era feita por Fábio.

Depois, ainda lá, compramos o carrinho mas só passamos a usá-lo como sua cama após virmos para nossa nova casa. Foi recomendação do pediatra do hospital que ela passasse o primeiro mês (e não mais que isso) dormindo no mesmo cômodo que nós. Acho que a Organização Mundial da Sáude recomenda que esse tempo seja de dois meses.

Mas nem bem ela completou o primeiro mês comecei a deixá-la no seu quarto. Primeiro, durante o dia. E, um belo dia, durante a noite.

Estava com medo dela não se adaptar, pois o livro de Dr. Delamare diz que os bebês percebem muito cedo as diferenças de ambientes a que são submetidos, estranhando-os. Outra questão era que não usamos secretária eletrônica e não sabia como nossos ouvidos reagiriam aos seus chamados chorados.

Na primeira noite ouvimos o seu choro sem dificuldades - acho. Mas como a cadeira de balanço ainda estava no nosso quarto, atravessava o corredor com ela nos braços, trocaca a fralda e a amamentava nele e depois a devolvia. Fábio acordava, nos apoiava com massagens, segurando ela um pouco, me servindo água, suco, lanchinhos.

Depois, mudei a cadeira para o quarto dela e resolvi começar a usar o trocador e todo o aparato que tinha lá. Minha coluna agradeceu muito. E foi super tranquila também essa mudança.

Aí, eu levantava, ficava por lá mesmo e tudo seguia de forma mais prática. Umas vezes Fábio nem acordava mais. Noutras ele acorda, vai lá, nos oferece ajuda.

Agora, o carrinho começou a ficar pequeno. A filhotinha fica se mexendo e, de repente, os pezinhos já estão lá embaixo. Aí, foi surgindo a necessidade de se fazer a transição dela para o berço.

Confesso que meu medo maior era a pequena estranhar e não dormir tão bonitinho como vem fazendo, acordando apenas uma vez (benza Deus) e nos permitindo ter noites maravilhosas.

Bom, tomei coragem hoje e a coloquei no berço. Restringi o espaço dele, coloquei brinquedinhos, deixei ela lá acordada, o que Fábio também vinha fazendo. Ele já defendia a passagem para o berço há dias. Mas ela não dormiu muito. Veio para o braço, mamou e, ao dormir de novo, insisti em colocá-la lá.

Dessa vez o soninho está vingando. Mas ainda não é o da noite. A prova de fogo ainda virá. Tomara que todos passemos nela.

domingo, 12 de setembro de 2010

Filhotinha de gente

Ter filho não é só poesia. Dá trabalho

A frase veio de minha irmã Valéria talvez incrédula com minha forma de lidar com a maternidade ou de transformar várias experiências nos textos postados no blog e que possam ter levado à idéia de poetizar tudo.

Mas não é bem assim. Verdade. Dá trabalho. Por vezes no final do dia, minha carne treme, para aproveitar o nome do filme. Sinto-me extenuada, pois como disse em outro texto, quando a gente acha que o bebê estabeleceu um comportamento padrão, incluindo horários, ele resolve mudar tudo.

A mudança mais trabalhosa de Morena se refere ao fato de, muitas tardes terem sido passadas no binômio colo/peito e o que não estiver aí ser choro. Aí, a coluna não aguenta. E os nervos às vezes também não. Embora eu procure entendê-la e participar desses seus momentos com muita compreensão, inclusive de que são fases. Em compensação, ela só tem acordado uma vez por noite (benza Deus).

No entanto, o maior trabalho está mesmo em ouvir as interferências, comentários, julgamentos e cobranças das pessoas. Tenho desenvolvido quase uma síndrome do pânico em relação a isso e tenho notado que até evito as pessoas ou algumas interações.

É muito difícil nesse sentido ser mãe e pai pois é incrível a necessidade que as pessoas tem de falar, de intervir, de querer mudar o que fazemos, ignorando que somos os pais, ignorando que a experiência é a nossa, que a vida é a nossa, que essas são nossas possibilidades, nossos valores, nossas crenças.

Eu vou ouvindo, aguentando, minimizando. Mas às vezes digo a Fábio: Hoje cheguei no limite. A próxima pessoa vai ouvir... Infelizmente sou mais calma do que gostaria em alguns momentos e vou guardando ao invés de explodir mesmo ou de dar respostas... Por isso já estar desenvolvendo uma certa patologia que chamei de 'quase síndrome do pânico'.

Sempre tem alguém dizendo algo e, infelizmente, quase nunca algo edificante, encorajador, algo que respeite a forma como a gente lida com nossa filha e com nossa vida.

Desde os banhos de sol (resolvi ir de óculos escuros para não encarar ningúem), até passeios com os amigos - nada escapa.

Já disse aqui que tentamos seguir, tocar a vida, incluindo nossa relação em algo que não seja apenas em torno da maternidade e sendo - tipo sair para tomar café da manhã fora. É uma mão de obra - seria mais fácil talvez ficar em casa, mas como disse alguém, Morena veio conhecer a vida e não só nossa casa.

Na rua os olhares são implacáveis. E o que devia fazer era ignorar mas não consigo de todo sem me sentir assim invadida.

Vamos seguindo a vida, lógico, e quando é necessário, a família faz programas legais fora de casa como ir ao Beirute (procurando minimizar danos como fumaça de cigarro ou à festa de aniversário do Café da Rua 8, o Salve a Pátria. Também sempre vamos ao Biscotos Mineiros, comprar mil biscoitinhos e afins.

Mobilidade é a palavra!

Brincadeira de criança - como é bom, como é bom!

Minha cunhada me perguntou de coisas que Morena estava precisando. Respondi: livros e cds musicais. Ela estranhou: - Livros? Agora?

Sempre achei os livros e as músicas imprescindíveis para os bebês, crianças, enfim, para a infância e, estava incomodada com a descoberta de que não tinha nada para ler para minha pequena - queria enchê-la de palavras.

Já tinha começado a bater na tecla até Fábio inaugurar esse mundo com um livro de pano, sobre Binho Golfinho. Super bonitinho. E Sandro tinha dado o cd 'Forró para Crianças' que, junto ao que eu já tinha deste projeto, 'Samba para Crianças', estava compondo o acervo dela, que foi acrescido pelo presente de Dalva, um disco do Palavra Cantada. Hoje ela ganhou dois dvds da coleção Bebê Mais - Meu primeiro dvd.

Diariamente Morena passa por essa sessão musical. Mas eu queria ler mais para ela. Como disse, enchê-la de palavras e comprei um livro chamado 'Contos de um minuto'. Tem dezenas de histórias e é para crianças maiores.

Minha intenção não é que entendesse ou pudesse manuseá-lo como a um livro de pano ou de plástico próprio para bebês - apenas poder ler bastante para a minha filha, fazer com que admire o som das palavras, a minha voz. Tem sido outra das sessões diárias.

Fábio leu inteirinho para mim um texto sobre como brincar com um bebê tão pequeno que parecia nem ter como interagir. As dicas incluem a leitura de livros, a audição de música, a dança juntinha - tipo dois pra lá, dois pra cá.

E além do banho de sol diário, dos passeios pela casa para que ela olhe tudo e das paradas nos móbiles e brinquedos cantantes, procuramos fazer dessas 'brincadeiras' parte do dia de nossa menina.

É muito bom brincar com ela. Como saber que isso é importante para o seu desenvolvimento e para sua vidinha mesmo que ela finja cara de paisagem ou chore. E é mais gostoso quando ela para de chorar diante de um desses estímulos, se entrega a uma boa dança e abarca o mundo com seus olhos tão desbravadores.


Aqui vai o link com o texto sobre o brincar
http://brasil.babycenter.com/baby/desenvolvimento/brincadeiras-estimulantes/#2

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Novidades

Dia desses minha irmã Vitória sugeriu que eu anotasse as novidades de Morena num diário - para não perder nada das coisas que acontecem e mudam rapidamente, segundo argumentou. Eu pensei que esse diário para mim já existia. Era virtual e se materializava nesse blog.

Mas, de fato, tudo é tão rápido e o tempo é tão pouco (se resume a quando ela está dormindo e quando eu tenho que optar entre fazer uma das mil coisas que ficam sendo adiadas para esse momento) que eu não tenho conseguido colocar 'em tempo real' as surpresinhas que ela nos faz.

Por exemplo, no último domingo ela segurou meu peito com os bracinhos - eles tremiam e se agitavam buscando esse equilíbrio e quando ela acertou o rumo, além de enfiar a boca ali com toda sua fome e demonstrando o esforço para tal, pousou as mãozinhas sobre os meus seios de um jeito que eu sempre admirei nas outras mães, quando eu nem sonhava em ter filhos.

Outro dia ela deu sua primeira risada que não pareceu um ato voluntário e sim, social, ao responder minhas brincadeiras. Agora, estamos certos de que nossa menina sorri para nós mesmo. Hoje pela manhã ela gargalhou, fez aqueles barulhinhos lindos de risada de bebê.

Agora ela também já começa a abservar tudo. Os olhinhos trabalham sem parar e é capaz de parar de chorar por uns instantes se for apresentada a uma nova imagem. Por conselho de minha irmã Vânia o lugar do trocador tem uma variedade de brinquedos de som e luz que faz a troca de fraldas ser um momento mais tranquilo, principalmente se estiver faminta. E Fábio tinha comprado um móbile daquela madeirinha de buriti, na Feira de Agricultura Familiar, que ela também adora.

A papadinha embaixo do queixo aumenta a cada dia e suas carinhas são muito lindas. A gota de leite que fica no seu rosto quando rejeita o peito por estar farta é uma das coisas mais bonitas dessa vida.

Ai, ai... bom demais!!!!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

No dentista com a bebê

Bem no começo da gravidez li que era bom que uma gestante fizesse um pré-natal oral já que ficava predisposta a incidência maior de caries e problemas na gengiva. Seguindo o conselho fui à dentista e tudo corria bem até que um dente aparentemente quebrado foi se desmanchando à medida que ela seguia a obturação.
Foi um drama. A dor – lancinante. Até então o tratamento estava sendo feito sem anestesia, pois eu ainda não passara do terceiro trimestre. Aos prantos fui encaminhada a um especialista em canal (esqueci o nome técnico). Lá chegando, fui submetida a novas lancinantes dores e, tive mesmo que receber anestesias várias.
Passados alguns dias, voltei ao dentista para tirar o curativo e, enfim, finalizar o tratamento. Mas ao perceber que faria Raio-X impedi que ele prosseguisse, sob a alegação de que minha médica obstetra não permitira esse procedimento.
O dentista visivelmente contrariado recomendou que eu voltasse outras vezes para trocar o curativo e só depois de ter bebê fosse para terminar o tratamento.
Pois bem, o dia chegou. Final de agosto. Fomos eu, Fábio e Morena ao Brasília Shopping para a minha consulta. Morena ficou no canguru com o pai, circulando no shopping, enquanto eu era atendida. Apesar de eu ter tido alucinações auditivas e perguntar toda hora se a menina estava lá chorando, ela não acordou.
No entanto, como chegamos atrasados, o médico nem tocou no dente em questão, fez um curativo em um que eu disse que estava doendo e marcou nova consulta para a semana passada.
Aí, sim. Fábio me deixou lá porque dessa vez não podia ficar. Morena foi comigo na cadeirinha e chegando lá, abriu os olhos, bem desperta. O dentista encaixou a cadeirinha lá e, por uns instantes, acreditamos que seria possível prosseguir.
Morena chorou. A atendente tirou o jaleco, colocou um pano daqueles descartáveis e abandonou seu posto para virar babá. Houve uma pequena revolução na sala. Não havia ninguém para atender telefones, nem para auxiliar o doutor que teve, ele mesmo, que fazer o que faria a auxiliar.
Morena ficou com ela por mais de uma hora. Para acalmar-se ficou chupando a mão e o braço como que compreendendo que eu precisava daquele tempo.
Diante dessa situação um tanto caótica quase me arrependi de não ter liberado o Raio-X antes. Essa semana volto na dentista para fechar o dente, de novo no curativo. Vamos ver como será dessa vez. Marquei um horário em que supostamente a filhota estará dormindo. Mas quem disse que ela cumpre seus horários?

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Da janela lateral do quarto de dormir...


Amamentar me faz viver cenas interessantes como captar o exato momento em que a luz do poste se apaga ao amanhecer.
Ou como flagrar uma dupla de tucanos por duas vezes rondando as árvores da redondeza. Um privilégio.
As fotos são de Fábio que corre ao meu chamado enquanto eu seguro no peito nossa filha.

Our princess


Com a roupinha dada pelos tios Robson e Adilene.

Ela e ele

Eu e ela