domingo, 1 de agosto de 2010

E, no final, o amor. Somente ele

Morena dorme e aproveito um pouco deste tempo para escrever aqui. São tantas coisas que queria transformar em palavras que já nem sei por onde começar.

Começo por hoje. Conseguimos dar seu banho - ontem não foi possível. Então, tenho que confessar, este foi o primeiro banho de nossa menina por nossas mãos e sob nossos cuidados. Não há registros dele. Não houve o romantismo do 'primeiro banho'. Nem fotografias. Nem filmagem. Só urgência.

Foi tudo meio improvisado porque estamos vivendo meio improvisados. Ainda não tinha contado essa história no blog - estava deixando para quando tivesse terminado e estivéssemos vivendo o final feliz. Mas como esse desfecho está demorando, adianto que estamos em processo de mudança de casa e, portanto, atualmente sem uma.

Morena chegou dia 28, e eu soube que chegaria dia 27. Ela veio correndo, com urgência e o caminhão estava contratado para o dia 30. Essa data permaneceu. Fábio ficou cuidando disso, enquanto derramava lágrimas por não estar conosco e, amigos ajudando, faxineiras com dias extras, mas tudo ainda está em processo.

Não dá para dizer que fomos pegos de surpresa pela data do parto ter sido antecipada. Morena chegaria em nove luas depois da concepção, chegaria provavelmente em 11 de agosto - com as margens de erro. Enfim, por uma série de motivos a mudança ficou para o final do final e estamos sofrendo as consequencias disso que, não chamaria de erro, mas de contingência, de nossa realidade. Enfim, como não dá para voltar no tempo é melhor tentar contornar as coisas da melhor forma.

Ah, voltando para o banho. Então, estamos hospedados na casa da minha cunhada, irmã de Fábio, desde a nossa alta, na sexta-feira. Ela e o marido são os padrinhos de Morena e estão nos recebendo super bem, o apartamento é uma delícia e, por um lado, é um privilégio poder desfrutar dessa estrutura nesse momento. Mas viemos para cá com as malas da maternidade e toda hora descobrimos que falta isso, falta aquilo.

Eu sem mobilidade, Fábio mais por conta da mudança, enfim, já cheguei àquele desespero que você chora, questiona tudo, briga com o marido, quer voltar para a casa da mãe, quer contratar uma estrutura semelhante a do hospital.

Mas repito o mantra 'e também isto passará' e tento recobrar a consciência, a felicidade, a tranquilidade e a certeza de que daremos conta, de que somos capazes de passar por isso sem maiores perdas. Para ninguém.

Para essa certeza nos impele a presença de Morena - a indiazinha, com cabelos pretinhos, olhos grandes, mãos grandes e um monte de barulhinhos e carinhas que a gente não se cansa de se entregar a elas e olhar, olhar, desfrutar e sentir o amor dominando tudo.

2 comentários:

  1. ai ai ai: quero ver ela e ter ela nos meus braços loguinhooooo
    Vitoria

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  2. Tudo passa. Daqui a pouco Morena tá no quartinho dela, dormindo nos braços de Morfeu e fazendo acontecer.
    Cheirinho de leite!

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