terça-feira, 20 de setembro de 2011

Reflexões sobre a primeira creche ou escola

Antes do início de tudo é uma dica de revistas e afins: procure a creche ou escolinha para o seu filho enquanto ainda estiver grávida, pois terá tempo e disposição para isso e pode reservar vagas.
Mas na prática o que aconteceu comigo é que não fiz essa procura. Ela aconteceu quando toparia qualquer coisa – escola ou creche – que caísse bem nos meus olhos e nos nossos bolsos. O maior dos critérios: a que tivesse vaga.
É que resolvi correr mundo, como se diz, em Brasília quando surgiu de repente uma possibilidade de emprego. Em poucos dias ou horas já tinha ido a várias unidades na Asa Norte, onde moro. Essa dica de revista, segui. A escolinha ou creche ideal é aquela perto de sua casa.
Ter feito essa inúmeras visitas deu um nó na minha cabeça. O que seria afinal uma creche? A definição top of mind? Uma caixa. Uma caixa para guardar nossos pequenos, diante da nossa impossibilidade de fazê-lo.
Quem conhece ou mora em Brasília sabe que falo do espaço geográfico mesmo daqui e do que sobra comumente para os espaços de aprendizagem. Eles são quadrados. E dentro deles, para os pequenos, resta uma sala, também quadrada.
Em alguns dos quadrados dos quadrados quase não há áreas verdes ou alternativas ao quadrado. A gente tem que ouvir as entrelinhas, pois aquele lindo parquinho ou aquela horta ou aquela piscina que nos são apresentados, só estarão disponíveis aos nossos pequenos anos depois de sua entrada.
Vi muita coisa. Coisa ruim, como o piso quebrado em sala de criaturas que engatinham. Vi lugares onde as crianças ficam a maior parte do tempo no bebê- conforto que seus pais devem levar. Vi coisas boas, como salas de leitura super criativas, com muitos livros, fantoches, fantasias para serem desfrutadas pelos pequenos.
E terminei por duvidar do que vi. Ou seja, das que gostei mais, resolvi voltar para uma visita menos apressada, emocionada e mais criteriosa. O amor por algumas delas foi rebaixada ao desamor.
E o amor verdadeiro por alguma? Ainda não surgiu. Restou alguma paquera e querer bem.
Os preços? Sempre muito altos.
Uma matéria na Revista Crescer apesar de lida após as visitas me ajudou a digerir as informações. Coisas que marcaram: avaliar como a escola se coloca esteticamente, como fala de si em murais, pinturas, decoração. Outra: não escolher algo muito longe de nossas reais condições financeiras pensando em educar melhor. Pois isso traz uma convivência das crianças com outros padrões de consumo. E o que a revista não diz, com outros padrões de pessoas.
O padrão de pessoas descobri ser agora um dos meus principais critérios. Então, me restariam como solução óbvia, e por isso não sei se real, as escolas ‘cabeças’.
Aí, que olhei para todos os meus folhetos adquiridos com outro olhar, de novo. Agora, focado na metodologia, corrente, escola.
Então, por conseqüência, comecei a pesquisar sobre isso, o que me abriu um universo enorme e com ele um peso também grande. O de descobrir que a escolha da escola ou creche não é algo que deva apenas responder uma necessidade pontual.
Uma coisa que vi, a partir disso, é que teria que esperar mais para colocar Morena em alguma escola ‘cabeça’. Elas só aceitam, pela minha atual pesquisa, a partir de um ano e oito meses.
Então, o que nos restaria a partir de agora é maximizar o tempo e a qualidade dele ao lado dela e estudar mais e mais para determinar qual das ‘cabeças’ se identificaria com nossas cabeças, fazendo disso uma decisão consciente, calma e feliz e não o resultado de uma apressada busca.
O bom é que se pode voltar atrás, pensar melhor, fazer de novo. Reparar eventuais erros. Sim, né?

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