sexta-feira, 4 de junho de 2010

Encontro do Ishtar – Eu fui

Bom, já era para ter feito esse relato.
Mas andei envolvida demais com o jornalismo e deixei a literatura que exercito por aqui um pouco de lado.
No dia 22 de maio, depois de uma manhã de sábado de consultórios médicos – ecografia e consulta na endocrinologista, fui ao Encontro do Ishtar, no Parque Olhos D’Água. Fábio estava viajando e fiz esse périplo sozinha.
Estou dando um tom de evento porque eu tinha programado muitas idas já – desde janeiro, quando ocorreu o primeiro encontro após a minha descoberta da existência do grupo.
Um medo do desconhecido, do interagir com desconhecidos e sei lá mais o quê, o fato de os encontros estarem sendo realizadas em Águas Claras antes e, portanto, bem mais longe de mim, tudo isso contribuiu para as minhas não idas. Ah, viajei também em alguma ou algumas delas.
Não gosto de marcar coisas com antecedência, nem dizer que vou para os lugares porque coincide, nesses casos, de acontecer algo objetivo ou subjetivo para me impedir.
Mas para minha própria surpresa, tudo foi se encaminhando em mim para que eu, tranquilamente chegasse lá, pontualmente.
Encontrei Sylvana (organizadora local – uma das) e família que me receberam super bem. Depois, as pessoas foram chegando. Umas se conheciam – trocavam cumprimentos. Outras não. Como eu. Não conhecia ninguém mais. Nem troquei cumprimentos com ninguém porque ninguém parecia muito interessado nisso, incluindo eu. Começos são assim, pensei. Embaraçosos, corporativistas. Mas o fato é que nem esse estranhamento me fez me sentir estranha, o que eu ia estranhando, pois não é exatamente do meu temperamento achar tudo isso normal.
Sentei, olhei as mulheres, suas barrigas, se estavam gordas, magras, bonitas, elegantes, estilosas, se estavam com edemas. Fui fazendo meus “estudos”, como gosto de brincar, meu exercício de observação.
A conversa sobre fisiologia do parto era com a pessoa que eu e minha doula estávamos tentando achar para ver se ela topava fazer meu parto domiciliar, a parteira Paloma Terra. Mas eu não me toquei disso, no início. E quando a ficha caiu também não fiz nada em função de reforçar esse contato. Ainda estava atordoada pela informação de que deveria deixar de lado a idéia do PD por estar diabética.
Gostei dela, do que falou, do que todos falaram. Não detectei nada que pudesse ser alvo de meu desacordo ou de críticas negativas. Foi muito boa a reunião, foi muito bom ter participado, a conversa proposta foi completamente produtiva e leve.
Senti falta, no entanto, da unidade que vejo acontecer na troca de e-mails do grupo. Percebo que em Recife e em Belém há um entrosamento, uma amizade, uma sintonia entre as participantes que estava longe de parecer com aquele clima da reunião daqui.
Não sei o que ocorre lá e, na verdade, nem o que ocorre aqui. Muitas estavam indo pela primeira vez, como eu, e talvez nunca voltem. Desse jeito não há como transformar uma conversa em um grupo. Mas pode ser que entre algumas, as que persistem e participam de verdade, já seja esse o clima e eu que não saiba.
Sempre encontrei em Sylvana muito acolhimento e até paciência para escrever longas mensagens no sentido de me ajudar a encontrar algumas respostas. E sei que ela tem isso a oferecer a todas. E que esse é o espírito do grupo.
Mas ali, naquele momento, foi o único dilema que me ocorreu. O resto foi pura tranqüilidade e uma ótima tarde de troca e aprendizado.

Para saber como foi a reunião, acesse http://ishtarbrasilia.blogspot.com/

2 comentários:

  1. Poxa, Waleska! Encontrei hoje esse seu relato e fico feliz por ter dado tudo certo e você ter ido.. e termos nos conhecido pessoalmente!
    É realmente uma pena as pessoas daqui não se entrosarem, como você falou, mas sabe que eu tive essa sensação desde que cheguei em Brasília, ano passado? Não sei se é do povo daqui, da correria do dia-a-dia, mas cá pra nós: os nordestinos são bem mais comunicativos e acolhedores, não acha?
    Saida que muitas das que estavam presentes eram do grupo de grávidas do HUB. Se puder, vá algum dia para a reunião lá. Eu frequentei durante minha gestação e recomendo para quem puder ir. Elas se reunem nas sextas, às 9h.
    Obrigada por compartilhar dessa impressão!
    Beijo!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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