segunda-feira, 28 de junho de 2010

O terceiro trimestre

Quando a gente ainda não está nas fases anunciadas, sempre acha que passará incólume por elas. Mas não tem jeito. As previsões são quase sempre certeiras. E, assim, chegando na trigésima quarta semana, tenho sido obrigada a repetir que 'entrego os pontos'.
Bom, na verdade, na maior parte do tempo sinto-me bem. Mas há dias em que fico completamente sem energia e, então, respeito isso.
Quando estou serelepe, aproveito para sair por aí, resolver coisas e ainda ver um show, dançar, sair. Saber que são as últimas oportunidades de fazê-lo sem ter que cuidar de outra pessoa me dá uma certa sensação de urgência. No entanto, sei que tudo são fases, que tudo muda e, enfim, curtirei outras coisas e essas mesmas coisas com a chegada de Morena também. Tudo ao seu tempo.
O primeiro incômodo dessas últimas semanas de gestação veio com a dificuldade de me ensaboar. É estranho não poder alcançar o pé. Mas isso foi logo resolvido com a colocação de um banquinho no box. Assim, dobro a perna, me apoio e consigo tomar um bom banho.
Na hora de dormir o que comumente acontece é que Morena fica se mexendo quando deito de lado, como é recomendado. Ela mexe numa ponta e na outra da barriga, tranversalmente e, eu penso que é reclamando da posição, que estou esmagando a menina. Enfim, dá um certo desespero e só acalmo quando adormeço. Antes disso é um troca-troca danado. Fico revezando entre deitar de costas, do lado direito e do esquerdo. Reclamo, falo, me mexo, levanto para fazer xixi. Fábio também recebe as consequências disso e acho que também entrou em treinamento para acordar durante a noite e cuidar de um bebê.
Uma amiga lembrou que o conselho que nos dão para aproveitar para dormir muito é um pouco vão porque, como um treinamento, nosso sono já é entrecortado e de pouca qualidade desde já. Concordo com ela.
Outra coisa que me aconteceu foi uma dor na pelve, na púbis - não sei explicar, nem nomear. Sei que é forte e me imobiliza muitas vezes. Com ela, perdi um pouco a mobilidade e sempre faço meus movimentos de andar, mudar de posição, sentar, levantar, acompanhados por um 'ai', agora.
A nutróloga insistiu muito para que eu voltasse a caminhar nessa fase final já que estou ficando mais lenta, com metabolismo diferente. E, assim, as caminhadas tem acentuado a dor e também elas,as próprias caminhadas, se tornam um pouco torturantes. O útero parece que adivinha e quando eu coloco o pé na porta para sair, já tenho a barriga dura e pesada. A parte boa é que tenho conseguido fazer o percurso de entre 30 e 40 minutos sem sentir vontade de fazer xixi.
Bom, na volta para casa a sensação é boa. Aproveito para fazer umas atividades com a bola e, assim, fico em paz com a consciência e, tomara, com o corpo.
A causa é nobre.

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