segunda-feira, 27 de junho de 2011

Dente pra lá, dente pra cá...

Morena mordeu meu peito. Estava certa de que não aconteceria. E até demorou. Ela tem seis dentes certeiros - grandes já, bonitos. Mas até então não tinha feito uso deles em experimentos na hora de mamar.
Ela já andava dando umas mordidinhas. Nos nossos joelhos, cotovelos, partes assim. Mas eu achava inofensivas, parte dos processos de descobertas dela. Tentamos não recriminar.
Depois, comecei a ficar um pouco apreensiva. Pensei, como ela vive nos imitando em tudo que consegue e tentando no que não consegue, que ela podia estar se inspirando nas nossas mordidinhas amorosas nela - nos pés, nos dedinhos das mãos, enfim para fazer o mesmo.
Se ela pode receber mordidinhas por que não poderia fazer o mesmo? Penso que ela anda pensando.
Daí, tentei parar com elas e pedi a Fábio que fizesse o mesmo.
A pequena parece ter seguido o caminho nosso, já que não quisemos alardeá-la com verbalizações a respeito de 'não mordidas'.
Bom, o que que quero contar é que ela mordeu meu peito algumas vezes na mesma noite este final de semana. Na hora de tirá-lo da boca, ela ao invés de soltar, segurava o bico arrastando-o com os dentes. Dor. Lágrimas. Raiva pela ingratidão da pequena. Então é assim que retribui o meu esforço em alimentá-la no seio?
Pedi que não fizesse isso. Expliquei que estava me mordendo, que doia, que era só para mamar, etc, etc. Disse, sobretudo, que se ela começasse a fazer aquilo não ia mais mamar. E dei uma canseira na pequena. Ela chorava, chamava 'mamãe', vinha puxar minha blusa e eu firme e o pai me ajudando na recusa.
Quando não aguentei mais, a amamentei. E ela soltou o peito, olhando para mim, umas três vezes como a me mostrar que tinha entendido o recado, me surpreendendo com este sinal de inteligência.
Depois, continuou mamando nornalmente e, desde então, nunca mais recebi mordidas no peito.

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