segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Transições

Nos primeiros dias depois da alta do hospital Morena dormiu na cama comigo ou Fábio, protegidinha por travesseiros, na casa da minha cunhada, que nos hospedou enquanto a mudança de apartamento era feita por Fábio.

Depois, ainda lá, compramos o carrinho mas só passamos a usá-lo como sua cama após virmos para nossa nova casa. Foi recomendação do pediatra do hospital que ela passasse o primeiro mês (e não mais que isso) dormindo no mesmo cômodo que nós. Acho que a Organização Mundial da Sáude recomenda que esse tempo seja de dois meses.

Mas nem bem ela completou o primeiro mês comecei a deixá-la no seu quarto. Primeiro, durante o dia. E, um belo dia, durante a noite.

Estava com medo dela não se adaptar, pois o livro de Dr. Delamare diz que os bebês percebem muito cedo as diferenças de ambientes a que são submetidos, estranhando-os. Outra questão era que não usamos secretária eletrônica e não sabia como nossos ouvidos reagiriam aos seus chamados chorados.

Na primeira noite ouvimos o seu choro sem dificuldades - acho. Mas como a cadeira de balanço ainda estava no nosso quarto, atravessava o corredor com ela nos braços, trocaca a fralda e a amamentava nele e depois a devolvia. Fábio acordava, nos apoiava com massagens, segurando ela um pouco, me servindo água, suco, lanchinhos.

Depois, mudei a cadeira para o quarto dela e resolvi começar a usar o trocador e todo o aparato que tinha lá. Minha coluna agradeceu muito. E foi super tranquila também essa mudança.

Aí, eu levantava, ficava por lá mesmo e tudo seguia de forma mais prática. Umas vezes Fábio nem acordava mais. Noutras ele acorda, vai lá, nos oferece ajuda.

Agora, o carrinho começou a ficar pequeno. A filhotinha fica se mexendo e, de repente, os pezinhos já estão lá embaixo. Aí, foi surgindo a necessidade de se fazer a transição dela para o berço.

Confesso que meu medo maior era a pequena estranhar e não dormir tão bonitinho como vem fazendo, acordando apenas uma vez (benza Deus) e nos permitindo ter noites maravilhosas.

Bom, tomei coragem hoje e a coloquei no berço. Restringi o espaço dele, coloquei brinquedinhos, deixei ela lá acordada, o que Fábio também vinha fazendo. Ele já defendia a passagem para o berço há dias. Mas ela não dormiu muito. Veio para o braço, mamou e, ao dormir de novo, insisti em colocá-la lá.

Dessa vez o soninho está vingando. Mas ainda não é o da noite. A prova de fogo ainda virá. Tomara que todos passemos nela.

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