quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Cheiro de amor

Uma amiga nossa adora bebês e me disse, ao visitar Morena, que eu curtisse muito o cheirinho dela pois ele mudava mais ou menos aos nove meses.

Eu achei engraçado que ela soubesse precisar exatamente o período dessa mudança já que os filhos dela estão grandinhos - o que me chamou a atenção foi a memória dela para este fato. Eu jamais teria essa capacidade.

Assim, já com esse prazo de validade estabelecido, comecei a seguir o seu conselho e apurar ainda mais o olfato para os cheirinhos da minha menina. O que ela tinha assim que nasceu já mudou.

Agora, ela tem um cheirinho de leite, um hálito tão puro, tão suave, com odor de céu, que eu adoro a cada choro, bocejo e gracejo aproximar o meu nariz e sorver o ventinho celestialmente perfumado que sai dali.

Ela também começou a suar e o cheirinho de suor no cabelo ou no pé do cangote é das coisas mais gostosas desse mundo. Quando vou dar o banho, aproveito para dar um cheiro no 'suvaco', na barriga, no bumbum. Tudo bem quentinho e gostoso.

O cocô de um amarelo neon também tem um cheirinho que vou sentir falta e adoro igualmente o cheiro de xixi misturado às fragrâncias da fralda - aliás, esse sempre definiu os bebês para mim.

Um dia desses minha irmã contou que descobriu no filho dela, bebê à época, um grudinho bem fedido atrás da orelha. Apesar de achar que sempre limpava bem Morena nessas entranhas que, na correria, a gente até esquece, fui dar uma conferida e achei também um grudinho da mesma espécie.

E agora que já me arrisco a encarar uns produtos de beleza além do sabonete na pequena, ela ganha massagem com hidratante, pomadinhas e até perfume e fica uma flor com muito cheiro de amor.

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