sábado, 10 de julho de 2010

Sobre o sangue do cordão umbilical

Bom, frente à proximidade da chegada de Morena para o lado de fora da barriga, tenho tentado resolver pendências. Uma delas diz respeito às decisões que havíamos tomado sobre doação ou armazenamento do sangue do seu cordão umbilical (descritas em texto do www.venhaconheceravida.zip.net).

Na época, depois de alguma pesquisa e a leitura valiosa de entrevista sobre a questão de um especialista brasileiro que atua na França ao jornal Folha de São Paulo, resolvemos não pagar por um banco privado, o que já estaria quase que automaticamente fora mesmo do nosso orçamento.

Restava-nos descobrir se em Brasília havia um dos poucos bancos públicos existentes no Brasil, o que se configurou na tal pendência, pois não tinha buscado a resposta.

Assim, recentemente ouvi/li com entusiasmo que a cidade tinha ganho, em seu Hemocentro, mais um dos bancos públicos brasileiros e que, inicialmente, a coleta seria feita em apenas dois hospitais também públicos. Mas que, em pouco tempo, se estenderia aos demais.

Assim, busquei o número da Fundação Hemocentro no Google. Parece-me que eles não tem site próprio porque apareceram páginas de guias apenas. Liguei. Ninguém atendeu. Era cedo da manhã e isso era e não era justificativa para o telefone só tocar, inclusive em mais algumas tentativas no mesmo horário.

Tentei mais tarde, caiu em fax. Refiz a busca, achei outro número e, dessa vez, obtive relativo sucesso.

- Olá, gostaria de informações sobre o Banco de cordão umbilical.

Aí, a moça começou a falar com alguém de forma que eu também escutava a conversa.

- Ela quer informações sobre... Passo para quem?
- Mas ela quer saber o quê?
- Ela quer saber tudo, todas as informações.
- Mas ela é doadora ou receptora? O que ela quer saber?
- Ela quer saber tudo.

Aí, a segunda pessoa atendeu.
- Você quer saber o que?
- Quero saber como funciona. Minha intenção seria doar.
- E pra quando é o parto?
- Para esse mês ou começo do outro.
- Está perto, né?
- Pertinho.
- Mas você não poderia dispor desse sangue depois.
- Isso eu sei. Quero saber se a doação está disponível.
- Não, ainda não. Começamos coletando de apenas dois hospitais e não temos estrutura para fazer em outros. Mas estamos treinando equipe, etc logo vamos começar. A diretora, Dra. Margarida, está de férias. Se você quiser ligar depois, mais perto do parto, e falar com ela...Mas acho que até lá não estaremos prontos também.
- Ok. Está bem. Obrigada.

E assim se foi a esperança da doação. E veio a certeza daquele comportamento repetitivo da coisa pública. Das coisas que são lançadas com estardalhaço mas que ainda (só ainda) não funcionam. E só Deus sabe quando passarão a funcionar.

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