terça-feira, 31 de maio de 2011

Queda de braços

00h35.
Acabei de travar uma queda de braços com Morena e, apesar da diferença de tamanho dos nossos braços, temi que ela vencesse.
Ela dorme entre 17h30 e 18h. Umas noites acorda mais, noutras menos. O mais fica entre três e quatro vezes. O menos, uma vez. Fábio é expert em ir lá e fazê-la dormir sem que eu precise dar o peito, adiando esse momento.
Mas Fábio está viajando essa semana, então, tenho que me virar sozinha e, minha tendência é colocá-la no peito desde o primeiro chamado. Acontece que às vezes é só uma acordada rápida mesmo, na qual ela não mamaria por livre e espontânea vontade.
Hoje fui lá umas duas vezes, mais cedo, já tirando-a do berço para amamentar.
A questão é que nessas duas semanas em que ela esteve doente e tudo, nos acostumamos e a ela, a trazê-la para nossa cama.
Hoje quis testar se ela estava acostumada a isso, se existia isso de se acostumar e preferir uma coisa a outra. Porque eu também estava adorando tê-la ao lado, quentinha, só tirando o peito (e não me levantando) a cada chamado. Mas há desvantagens e era nelas que pensava ao me propor o teste. Quais são? Perder esse único momento, nas 24h do dia, de estar só ou com Fábio, ficar com medo de que caia da cama, acostumá-la a acordar mais já que o peito estaria tão perto, etc, etc E não concordar com a cama compartilhada.
Então, quando ela chamou hoje, no lugar de voltar com ela pra cama, a pus no berço dormindo. Passados poucos minutos, ela acordou.
Fiz a mesma coisa por, sei lá, três, quatro vezes.
E ela acordando e chorando.
Deitei com ela no chão do seu quarto, no edredon. Dormia. Berço. Acordava.
Aí, decretei o começo da queda de braços.
Estava determinada a vencer. Mas como disse, quase desisti.
Ela agora dorme. No berço. Talvez extenuada. De chorar, de brincar, de exercitar suas novas habilidades.
Mas a coloquei lá e brinquei de tudo. Cantei tudo. Apertei e puxei todos os brinquedos de apertar e fazer alguma coisa, cantar, falar, iluminar.
Ela chorava, eu driblava.
Dei o peito. Ela não adormecia.
Ela chorava. Eu esperava o fim das lágrimas.
Por fim, mais uma vez amamentei.
Ela adormeceu.
Coloquei-a no berço com medo do quanto duraria.
Era 00h31.
Agora já são 00h49.
Será que venci?

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