domingo, 8 de maio de 2011

O piano




Ganhei da minha madrinha há, talvez, trinta anos.
Ela já se foi. Meu padrinho sumiu no tempo.
E o piano ficou em casa servindo de batucada para todas as crianças que vieram desde então.
E aí, de repente, foi Morena a bebê que tocou suas teclas.
Percebi a passagem do tempo. Percebi a perenidade de um instrumento musical.
Quero levar o piano para Brasília. Ele precisa de reparos, claro. Talvez lá seja mais fácil.
E quem sabe, a pequena tenha nele um grande incentivo para aprender que 'viver é afinar um instrumento. De dentro pra fora, de fora pra dentro. A toda hora, todo momento. De dentro pra fora, de fora pra dentro'.

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