segunda-feira, 30 de maio de 2011

Por que parei? Parei por que?

Duas semanas sem escrever no blog é muito tempo.
Devo ter perdido leitores e olhadores. Tem gente da família que passa todo dia aqui. Mas passar sem achar nada de novo deve cansar.
A origem da ausência está láaaa na chegada de São Paulo. Ela adoeceu. E ainda bem que esse primeiro dodói mais forte, me pegou como uma mãe mais preparada, menos amedrontada.
Ela ficou com nariz entupido, escorrendo, um pouco de tosse seca, um pouco de febre. Nem cheguei a ligar para o médico. Monitorei a febre que, não aumentou. E dei muito peito e coloquei muito sorinho no nariz. Eu e Fábio. Ele também começou a usar aquela bombinha para tirar a secreção do nariz, eu só tomei coragem dias depois.
Ela ficou dormindo conosco por causa da falta de ar. Foram dias difíceis.
Também surgiu uma alergia feia na pele. Antes de viajarmos, dia de consulta de rotina, o médico disse a Fábio que eram aquelas coisas de bebês. Mas piorou e em João Pessoa a levei numa dermatologista que diagnosticou 'alergia' e passou um remédio via oral, que decidimos não dar. Disso só agora ela está melhorando.
Bom, também passei pela minha primeira crise de maternidade. Aos noves meses realmente foi como se a pequena nascesse de novo para uma fase que me desafiou.
Choro, grito, total dependeência da minha presença e da necessidade de segurar-se nas minhas pernas, comer tudo o que está no chão, comer nada do que a gente oferecesse, pegar tudo o que fosse proibido, ignorar cada não escutado, dar um verdadeiro show na hora de trocar a fralda, engatinhar tão rápido a ponto de sair da nossa vista sem nem nos darmos conta.
Precisei de mais tempo ou de qualquer tempo pra mim e não encontrei.Mais nervosa, discuti mais, inclusive com Fábio que, muitas vezes também me exasperou por não atender minhas expectativas, antever minhas necessidades, enfim, não se adequar às minhas milhares e crescentes cobranças. Não foi um tempo fácil.
Tudo isso me deixou à beira de um ataque de nervos. Gritei, chorei, decretei o fracasso, nem sempre fui paciente e passei a responder positivamente à pergunta: "Dá trabalho?"
Sim, sim, sim. Dá trabalho. E intimamente pensava que lá se ia minha coragem de ter outro filho. Não sobreviveria de novo a essa 'fase'.
Mas tudo isso sem perder a ternura - a maior parte das vezes, pelo menos.
E nesse sábado enquanto Morena dormiu por quase 24 horas, eu me perguntava o que ela estava aprendendo, o quanto estava crescendo, que mudanças eu notaria no seu acordar.
E o sono, o nono mês parecem ter mesmo levado essa barra mais pesada, inclusive interna.
Tudo mais leve agora, muita paixão e admiração pela pequena e, claro, os preparativos para a festa de primeiro aniversário. Depois falo sobre isso.

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