domingo, 21 de agosto de 2011

Primeiro Ciclo Internacional de Teatro para Bebês

Aconteceu no CCBB de 28 de julho a 21 de agosto. Soubemos do evento na semana passada, quando fomos prestigiar o projeto 'Todos os Sons' mas, infelizmente, soubemos também que não havia mais vagas para o agendamento.

Daí,hoje cedo Fábio lembrou desse programa quando perguntei os planos para o domingão. Aí, nos arrumamos meio apressados e fomos para a fila de espera de lá.

Quando chegamos um monte de pais e filhotes já fazia a mesma tentativa. As crianças já interagiam, brincavam, engatinhavam, no caso de Morena.

E... deu certo. Conseguimos senha para a apresentação que nem sabíamos ao certo o quê ou como seria.

Perto da sala em que seria o espetáculo, foram colocados tapetes e brinquedos, numa espécie de brinquedoteca ao ar livre. Morena e outros tantos ficaram por lá brincando um bocado. Foi ali que alguns avisos foram dados, antes de pudermos entrar na sala.

O que mais me chamou a atenção (alguns lembravam os do CineMaterna e, enfim, apelam ao bom senso, como desligar o celular, tentar sair com o bebê em caso de estranhamentos maiores), foi o que pediu que os pais silenciassem e prestassem atenção ao teatro, o que incentivaria que seus filhos fizessem o mesmo.

O pessoal da organização incitou uma entrada tranquila, falou do estacionamento de carrinhos e pediu, ainda, que não fizéssemos comentários sobre o espetáculo, ou lançássemos mão de comidas ou brinquedos.

Lá dentro, uns encostos emborrachados para os bebês, uns banquinhos para os pais e o cenário do Tic tac tic tac, a apresentação deste último fim de semana do projeto.

O que começou com uma pequena balbúrdia, chorinhos e reclamações eventuais, foi se transformando em pleno silêncio e atenção. Os pequenos pareciam encantados e certamente estavam.

Morena ficou super atenta, bateu palmas, dançou, apontou, sem que eu dissesse nada, apenas guiada pelo ator e sua forma de fazer teatro para bebês. No final, ela fez fotos com ele.

Na peça não havia palavras. Só gestos e balbucios que, muitas vezes, imitavam ou respondiam os da miúda platéia. Mas essa forma de comunicação parecia ordem bem dada. Pois os pequenos entendiam tudo e seguiam o fluxo do espetáculo a cada proposta: dançar, acompanhar com o olhar, com os ouvidos, sorrir.

Pareceu mágica. Mas era teatro. Para bebês. O que dá no mesmo.

Parabéns à iniciativa e que ela se repita sempre, sempre.

Dica: Podia fazer parte do Cena Contemporânea.

Eis um trecho do folder do projeto, texto assinado por Grupo Sobrevento.

"Quando os nossos filhos nasceram, aprendemos juntos, um jeito de nos comunicar. Criamos formas de nos relacionar, de nos reconhecer. E terminamos por nos entender um pouco melhor. Este é o Teatro que o Teatro para Bebês quer ser: um encontro frágil onde cada atitude, cada gesto de cada participante, provoca novos resultados; um descobrimento, um novo olhar, um olhar de quem vê as coisas pela primeira vez e que é capaz de se maravilhar com elas; uma comunhão de gente que se quer, que acredita, que se entrega, que precisa dos outros e que nos outros se reconhece.










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