sábado, 22 de maio de 2010

Sobre 'ites' e 'etes'

Agora, já faz uma semana que voltei da Paraíba.
Como falava abaixo sobre como foi difícil respirar em João Pessoa, retomo aqui, dizendo que voltei doente. Antes, é bom que se diga, estive em Minas Gerais, onde fez muito, muito frio. Depois, o sol do Nordeste. A mistura foi bombástica e me trouxe também a mais dolorosa das crises da dupla sinusite/bronquite dos últimos anos. Sim, ela me acompanha desde a infância e se tornou não periódica como era, mas esporádica, depois que vim para Brasília.
Dessa vez, tomou meu corpo de um jeito que não acreditei na debilidade que me possuiu. Acho que fiquei pesando duas mil toneladas – cada passo era uma dificuldade. O rosto, os seios da face doíam, uma tosse que me levava quase ao vômito.
Foi duro. Foi duro principalmente porque nos dois dias seguintes à chegada, tive que trabalhar. Fazer a cobertura de um evento. Por mil vezes estive a ponto de desistir –mas não podia. Não pude. Rezando muitas vezes em silêncio, consegui ir até o fim, sem que o meu próprio fim chegasse.
Aí, quando narrei a situação à médica, ela receitou antibiótico. Por conta própria, eu já não tratava as ‘ites’ com antibiótico há muito. Mas dessa vez, não titubeei. Comprei comprimido e xarope com a esperança na cura.
Dias depois questionei como estaria Morena na convivência com aquelas substâncias. Mas foi também por ela que aceitei a prescrição. Sei que não é bom cultivar infecções estando grávida, elas podem antecipar contrações e parto e trazer outros problemas. Como eu já estou em um período que o parto prematuro pode acontecer, fiquei com medo.
Também é preciso ser realista. Não sou adepta da homeopatia e afins. Posso até polemizar com a alopatia, mas não a ponto de abandoná-la.
Na hora em que recebi a indicação não me passou pela cabeça refutá-la. Nem pela da médica, lógico, negociar algo menos severo comigo. E tenho insistido para me convencer de que não há culpas nem culpados nisso. Só escolhas.
Na bula do xarope dizia: Não tomar em casos de 1) gravidez.
Aí, a gente coloca a venda nos olhos e pensa que a médica não poderia ter esquecido de reparar nesse detalhe.
Uma amiga lembrou: Você está parecendo uma doente e não uma grávida. Mas fazer o quê se a grávida adoeceu e perdeu aquela vitalidade de poucos dias atrás? Parece até o Benedito. Eu, hein...
Fazer o quê se a doente estava tomando duas dosagens de comprimidos enormes de antibiótico, duas tampinhas de xarope, uma cápsula de cálcio à noite e uma de complexo vitamínico à tarde? Por vezes já nem sabia quem era quem.
Mas enfim me sinto bem melhor.
Ainda não completamente curada. Mas no rumo – espero. Pelo menos das ‘ites’ pois ainda resta contar a história da ‘etes’.

Um comentário:

  1. ei moça, cd seu endereço preu mandar o desenho de vcs? to no aguardo, bjo na familia

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