quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Detalhes do CineMaterna em Sampa

O CineMaterna em São Paulo foi engraçado. A sala é das antigas. A última do tipo que frequentei foi lá mesmo, no Conjunto Nacional, há anos. Mas no Cine Unibanco da Augusta, o banheiro fica na própria sala, por exemplo, atrás de pesadas cortinas de veludo. Aliás, Morena e outros pequenos andantes se divertiram com elas que, além de banheiros cobriam outras entradas e saídas. Não era pior nem melhor do que as modernosas do Pier e do Iguatemi, aqui em Brasília. Ou era? Outra diferença: lá quase não havia brinquedos. Nos daqui, a quantidade e qualidade só aumenta. Mas uma coisa não muda: a personalidade das mamães. Não deixam os filhotes se aproximar, não cansam de repetir: "carinho, não bate", ao menor movimento do filh@, não cansam de dizer: dá para a amiguinha, devolve para a amiguinha!
Estou achando essa parte muito chata. É cansativo e forçado ficar intermediando essas relações o tempo inteiro. Eu tenho pensado sobre isso. A literatura explica que as crianças até dois anos não tem a percepção do outro, não compreendem o dividir, emprestar, dar ao outro e que, para isso, precisam ser insistentemente 'lavados cerebralmente' pelos pais.
Tudo bem! Entendo e não pretendo colaborar para que Morena fuja do padrão 'educadamente correto'. Mas toda hora isso. Não dá para esperar um pouco para saber o que o filho vai fazer com a mão antes de dizer: não bate? Não dá para deixar eles perderem o brinquedo que estão na mão ou tomar o do outro, sem achar que essa frustração vai acabar com sua sanidade mental? Não dá para deixar que os pequenos tentem se resolver até para saber como agem nessas situações?
Morena era a pessoa mais calma até um dia desses. Achei que pularíamos algumas partes (tipo uma amiga minha que disse que o filho, quando bebê, não colocou a mão na privada). Mas já a vejo se jogando para trás, quando contrariada, gritando, quando contrariada e tomando brinquedo da mão alheia sem nem precisar ser contrariada. E eu gosto de deixar ver o que acontece sem intervir num primeiríssimo momento. Assim, tenho feito ouvido de mercador, (como hoje quando ela pegou uma argola do colega na natação) e gosto de dizer: se resolvam, quando a pendenga é com alguém muito íntimo, como Bruninho.
Mas é claro que, mais pela pressão, vez em quando me pego dizendo: Devolve para a colega, filha.
É isso, né? A maternidade nos tira a imunidade do corpo e da alma. Tudo nos acontece.

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