quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A primeira febre

Dia de vacinação me deixa tensa. Tenho medo de reações, de desdobramentos desagradáveis.

Mas como não me passa pela cabeça ser das que abdicam das vacinas, sempre vou lá, com meus medos.

Mas tirando uma crise forte de choro, em Campina Grande, em que ela foi consolada pela delicadeza de Vitória, ainda não tinha havido reação às dosagens.

Isso até ontem. Foram três vacinas - duas de gotas e uma de injeção na perna.

Minha pequena começou a chorar poucas horas depois. Alto. Doído. Terrível de se ver.

Depois, começou a babar um muco grosso. Parecia sem ar e engasgada com aquilo.

Aí, vomitou algumas vezes e ficou melhor. Não estávamos na nossa casa e isso me ensinou a respeitar e guardar o dia da vacinação, quando as reações podem surgir.

À tardinha ela parecia melhor e até recebemos a visita festiva das amigas Sirlene e sua Júlia e Rejane.

Mas à noite, febre. Medimos algumas vezes - axilas, boca - e sempre resultados diferentes e nunca superiores a 38,5 quando já tinha escutado falar que é o momento de se medicar.

Mais cedo havíamos ligado para o médico. Ele recomendou acalmá-la e amamentá-la. Mas na hora da febre não conseguimos falar com ele.

Liguei pra minha irmã Valéria para ver se ela conseguia falar com um médico em João Pessoa. A resposta: tylenol e compressas de água fria, se o remédio demorasse a fazer efeito.

Fábio saiu para ir à farmácia - ainda não tínahmos o remédio em casa.

Ele resolveu questionar as vacinas que Morena tinha tomado até então - tensão.

Tentei de novo falar com o médico. Nada. Medicar Morena sem falar com ele me parecia irresponsabilidade. E fui adiando.

Medindo a temperatura, esperando chegar aos 38,5 (ou melhor, não esperando). O máximo foi 38,3.

Aí, Fábio foi lendo umas coisas sobre febre e eu fui me acalmando. Aprendendo com a febre, a respeitá-la, entendê-la.

Daí, amamentei Morena, fiz um canguru para que nossa temperatura fosse trocada e a dela equilibrada na troca com a minha pele e, lembrando de Valéria, fui passando os lencinhos absorventes pelas dobrinhas dela, pescoço, axilas.

A próxima medida: 37.4. A outra, 37,6.

Dormimos ou deitamos ou cochilamos. Não sei.

De manhã, 36,9.

E o medo das vacinas só aumentou.

Agora já sabemos como é passar pela primeira febre.

E não desejamos a ninguém.

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