domingo, 7 de novembro de 2010

Preparando a volta para casa

Ai, ai.
Os que acompanham o blog sabem que viajar me dá frio na barriga. Já dava antes de Morena e não mudou com sua chegada. Ao contrário, o frio ficou mais complexo porque sempre tem a preocupação com as malas e a escolha do que levar.
Bom, já descobri que tenho que encarar e pronto. O trabalho é só no chegar e no sair do aeroporto, do avião, do local de hospedagem.
O durante não prescinde de uma mala bem feita e pensada com previdência.
Assim, respiro aliviada ao julgar que tive 100% de êxito com a escolha do que trazer para esta viagem que durou apenas uma semana a menos do que dois meses.
Muito tempo, portanto.
Minha menina saiu de Brasília praticamente recém-nascida (se bem que descobri que os recém-nascidos são, oficialmente, bebês com até 28 dias), ainda andava enroladinha em cueiros e, nos braços, ficava sempre deitada com nossa mão apoiando seu pescoço.
Volta uma bebê adulta, como brinca minha irmã Vitória.
Volta cheia de evoluções e tendo vencido a primeira etapa de sua vida: o primeiro trimestre.
Na véspera de minha volta a Brasília vivo um momento de reflexão misturada com sentimento de urgência e um pouco de desespero. Lembro de alguém que tinha esquecido que morava aqui, de outro que eu queria ter visitado, de algo que deveria ter feito, de lugar que gostaria de ter ido.
Mas não dá mais.
Assim, tento aliviar esta carga e pensar no pra frente, no que virá.
Saí, eu também, uma mulher recém-parida, com pontos ainda vívidos, com a fragilidade de uma mãe de primeiras experiências e volto assim, uma mulher que aprendeu a lidar, a amar, a se apaixonar, a tentar compreender uma filha cuja convivência me dá paz e alegria constantes.
Volto me perguntando sobre o futuro, volto para cuidar de uma casa nova - na qual ainda não passei 30 dias seguidos. Volto para retomar a convivência com Fábio, que esteve viajando a maior parte do tempo desde o nascimento de nossa filha. Volto em busca de novos/outros caminhos profissionais ou mesmo a retomada do mundo do trabalho, sabendo do choque que ele representa para a maternidade e de que daqui por diante nunca será como antes.
Volto para a vida real e volto para a vida real com muita vontade de que seja maravilhosa, de que eu tenha sabedoria para lidar com ela e que eu possa crescer, evoluir e melhorar sempre a partir dos novos desafios que se lançam e do entendimento dos velhos.

Voltando às malas, elejo meu kit sobrevivência: carrinho, berço desmontável, cadeirinha de carro, banheira dobrável, canguru e brinquedos e, muito amor, paciência e vontade de acertar.

Vontade de ser feliz!

O kit sobrevivência contém também, além de coisas, pessoas e sentimentos. Mamãe, papai, meus irmãos e irmãs, sobrinhos e sobrinhas,primos e primas, a família de Valéria, tias, amigos, familiares. Uma rede de parceiros cheios de carinho a quem agradecemos, eu, Fábio e Morena, demais.

Esse tempo por aqui ficará na nossa história e, deve ter ajudado a definir, quem sabe, os rumos e personalidade da nossa menina!

Até a próxima!

Saudades...

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